Foram soltos Celita Natalina Liberalli, Kedna Iracema Fontenele Servo Gouvêa, Fabio Alex Taques Figueiredo e Flávio Alexandre Taques da Silva.

O desembargador Alberto Ferreira de Souza, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, determinou a soltura de quatro pessoas supostamente envolvidas em um esquema de irregularidades na prestação de serviços médicos hospitalares.

Foram soltos Celita Natalina Liberalli, Kedna Iracema Fontenele Servo Gouvêa, Fabio Alex Taques Figueiredo e Flávio Alexandre Taques da Silva.

Eles foram presos junto com o ex-secretário de Saúde de Cuiabá Huark Douglas Correa, Fábio Liberali Weissheimer, médico e sócio da Pró-Clin, Adriano Luiz Sousa, empresário e advogado, e Luciano Correa Ribeiro, médico e sócio da Pró-Clin.

A operação Sangria apura fraudes em licitação, organização criminosa e corrupção ativa e passiva, referente a condutas ilícitas praticadas por médicos, que administravam empresa, funcionários públicos e outros, tendo como objeto lesar o erário público, por meio de contratos vinculados às secretarias estadual e municipal de Saúde com as empresas usadas pela organização, em especial, a Proclin e a Qualycare.

Segundo a apuração, a organização mantinha influência dentro da administração pública, no sentido de desclassificar concorrentes, para que ao final, apenas empresas pertencentes a eles (Proclin/Qualycare) pudessem atuar livremente no mercado.

Os quatro suspeitos que foram soltos devem cumprir algumas medidas cautelares, como proibição de manter contato, por qualquer meio, com os outros suspeitos e com as testemunhas do processo; proibição de comparecimento às sedes das empresas envolvidas e das secretarias municipal e estadual de Saúde; dever de manter seu endereço atualizado nos autos; proibição de se ausentar da comarca sem prévia comunicação ao juízo processante; e monitoração eletrônica, sem prejuízo da fixação de outras medidas que o juízo singular reputar cabíveis.

Segunda fase da operação

Os alvos da segunda fase, entre eles três médicos, um gerente de licitação, um coordenador financeiro e funcionários das empresas prestadoras de serviços médicos hospitalares, são investigados em crimes de obstrução à Justiça praticada por organização criminosa e coação no curso do processo.

A operação apura irregularidades em licitações e contratos firmados com as empresas Proclin, Qualycare e a Prox Participações, firmados com o município de Cuiabá e o governo estadual.

Um segundo inquérito policial foi aberto no dia 14 de dezembrodepois que a Polícia Civil detectou que os investigados estavam obstruindo o trabalho da Justiça.

Primeira fase

Na primeira fase da operação, o secretário municipal de Saúde, Huark Douglas Correia, foi alvo da polícia. Ele acabou afastado e exonerado do cargo um dia depois da operação.

Em setembro deste ano, os vereadores de Cuiabá fizeram uma denúncia contra o secretário de Saúde de Cuiabá, Huark Douglas Correa, por improbidade administrativa.

Dentre outras supostas irregularidades na saúde pública do município, a CPI investiga a denúncia de que Huark seria procurador da empresa Sociedade Matogrossense de Assistência em Medicina Interna Ldta (Pró-Clin), que possui contrato com a empresa responsável pela administração do Hospital Municipal São Benedito, que também era administrado por ele.

Fonte | G1

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