Fruto de uma parceria entre Fundação Telefônica Vivo, Instituto Natura e Secretaria de Estado de Educação (Seduc-MT), o Programa de Formação Docente em Competências Digitais foi implantado na rede estadual de ensino no Mato Grosso entre 2022 e 2023, com objetivo de aliar as competências digitais ao processo de aprendizagem em todas as áreas nas escolas públicas. Com resultados expressivos após a implantação, os parceiros acabam de lançar um documento com a sistematização da experiência, a fim de estimular que outras redes possam se inspirar no modelo.

O desenvolvimento do Programa é uma resposta às demandas de uma era cada vez mais digital e de uma legislação que se adapta a novas necessidades. À medida que a capacidade de navegar, compreender e aplicar ferramentas digitais se torna uma habilidade essencial, o desenvolvimento das competências digitais dos estudantes ganha caráter imperativo. E, para que estas possam ser integradas ao processo de aprendizagem dos alunos, é necessário, primeiramente, capacitar docentes e gestores escolares. O Programa foi concebido para atender a essa necessidade.

O ponto de partida foi um diagnóstico das competências digitais dos professores e gestores escolares. Para isso, foi utilizado um recurso de autoavaliação desenvolvido pelo Centro de Inovação para a Educação Brasileira (CIEB): o Guia Edutec. Essa ferramenta, online e gratuita, baseia-se em um questionário de autoavaliação respondido pelos educadores que busca identificar o patamar de apropriação tecnológica desses profissionais. Esse mapeamento foi uma etapa inicial fundamental do projeto: a partir dela, a rede pôde direcionar os professores e gestores para as trilhas formativas mais adequadas. Assim, ao final de 2022, foi feita uma mobilização para divulgação do recurso, estimulando os educadores a responderem o Guia.

Com as respostas, a experiência foi estruturada em trilhas formativas, compostas por cursos oferecidos em formato híbrido nas áreas pedagógica, de cidadania digital e de desenvolvimento profissional. Ao longo do ano, foram disponibilizadas 66 horas de formação, adaptadas de forma personalizada a cada professor, levando em consideração seu nível inicial de competências digitais e contou com cerca de 20 mil inscritos.

Após o Programa, os resultados obtidos evidenciaram um avanço notável no nível de apropriação de competências tecnológicas dos professores e gestores escolares. Entre 2022 e 2023, houve um aumento significativo no percentual de educadores avaliados em patamares considerados adequados pelo CIEB (isto é, com notas superiores ou iguais a 3, em uma escala de 1 a 5). Esta proporção cresceu de 25,4% para 52,6%, representando um incremento significativo de 27,2 pontos percentuais no período.

A evolução está atribuída não somente à oferta de trilhas formativas como também ao contexto de implementação do Programa, que ocorreu em meio ao Pacto pela Digitalização, uma abrangente política do governo do Mato Grosso voltada para a potencialização da melhoria da aprendizagem na rede de ensino, que abraçou diversas medidas para impulsionar o desenvolvimento das competências digitais. Com a oficialização da parceria, o compromisso com o Pacto pela Digitalização foi efetivamente assumido pela Secretaria.

Como resultado da aplicação dessa metodologia, estimou-se que um professor que participou de 10 a 25 horas de formação nas trilhas ao longo de 2023 apresenta, em média, um avanço anual de 1,16 pontos a mais em seu nível de apropriação – considerando a escala de 1 a 5 do Guia Edutec, em que 5 corresponde ao patamar máximo de apropriação –, comparado a um colega com características socioeconômicas semelhantes, mas que participa de menos de 10 horas de formação no mesmo período.

Como parte do compromisso de longo prazo da Secretaria de Estado de Educação (Seduc-MT), os resultados devem reverberar na educação do estado ainda nos próximos anos, por meio, principalmente, do monitoramento contínuo e de ações consistentes que mantenham o engajamento dos educadores envolvidos. A publicação do documento reforça este papel do monitoramento constante, premissa fundamental para viabilizar seu aperfeiçoamento.

Para apresentar os resultados e lançar o documento, os parceiros estão promovendo, nesta quarta-feira, um webinário para detalhar a estratégia utilizada. O evento será transmitido ao vivo pelo canal do Youtube da Fundação Telefônica Vivo, às 14h no horário do Mato Grosso e 15h no horário de Brasília, e contará com a participação de Alan Porto, Secretário de Estado de Educação, e de Julia Sant’Anna, diretora executiva do CIEB, além de abertura de Lia Glaz, diretora-presidente da Fundação Telefônica Vivo.

Sobre a Fundação Telefônica Vivo

Há 25 anos no Brasil, a Fundação Telefônica Vivo é parte da esfera social no conceito ESG da Vivo, e tem como propósito “Educar para Transformar, Digitalizar para Aproximar”, confiante que a digitalização do Brasil é um importante viabilizador para uma sociedade mais justa, empática e inclusiva.

Seu foco de atuação está em apoiar secretarias de educação na ampliação de políticas e programas de adoção qualificada de tecnologia para o desenvolvimento de competências digitais de educadores e estudantes das escolas públicas. A Fundação oferece cursos à distância e gratuitos de formação continuada para qualificar os educadores a desenvolverem práticas pedagógicas inovadoras, alinhadas à Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e a reforma do ensino médio, além de recursos qualificados de aprendizagem.

Além disso, é integrante de movimentos e coalizões que discutem e impulsionam estratégias e agendas sistêmicas, junto ao poder público, para a inclusão das tecnologias digitais na educação. O Programa de Formação Docente em Competências Digitais é uma das frentes da Coalizão Tec Educação, formada pela Fundação Telefônica Vivo, em parceria com o Centro De Inovação para a Educação Brasileira (CIEB), Instituto Natura, Fundação Lemann, MegaEdu e Instituto Sonho Grande. A coalizão apoia as redes públicas de educação do brasil, com o objetivo de potencializar o desenvolvimento integral dos estudantes por meio de adoção qualificada de tecnologia e sua disponibilidade de maneira equitativa nas escolas públicas.

A instituição trabalha, ainda, o Voluntariado Corporativo, que tem como objetivo sensibilizar e engajar colaboradores da Vivo em ações que geram impacto social, tanto no formato presencial quanto no digital.

Via | Assessoria Vivo Foto | Reprodução

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