Médico ortopedista Maurício Martelletto atua com politraumas graves e destaca a importância do pré-atendimento do paciente antecipadamente a sua chegada ao hospital

Os acidentes com veículos e pedestres noticiados diariamente colocam em destaque a fragilidade com que os pedestres são submetidos, mesmo quando estão caminhando em locais seguros e calçadas, o que desperta o sinal de alerta para condutores e transeuntes redobrarem a atenção. Ao assistir um atropelamento chame o socorro especializado imediatamente, detalhando local exato e tipo de acidente; a descrição da vítima (sexo, idade aproximada); grau de consciência da vítima; gravidade dos ferimentos e condições de trânsito no local.

“É de extrema importância aguardar a chegada do bombeiro ou paramédico, este saberá o que fazer e aprende a lidar com isso como parte de sua rotina. E esse tipo de aprimoramento em circunstâncias específicas e pontuais, pode resultar em situações como salvamento de vidas, por exemplo. Uma hemorragia, se você não souber contê-la, pode levar à morte em muito pouco tempo. Ou se você tentar fazê-la de forma incorreta, também pode perder o paciente naquele momento”, explica o ortopedista Maurício Martelletto, que também atua em hospital de trauma nível 3, aonde chegam os politraumas graves com problemas neurocirúrgicos, neurológicos, entre outros.

Muitos desses acidentes envolvendo pedestres tem o diagnóstico de politraumatismo corporal, também chamado de politraumatismo, que é caracterizado por múltiplas lesões causadas ao corpo por forças de natureza externa, como por exemplo, um atropelamento. E uma lesão grave de ao menos dois órgãos ou partes distintas do corpo. Dentre os ferimentos mais comuns que ocorre nesses casos, alguns são a fratura de ossos e lesões na coluna, por isso a importância do cuidado nos primeiros socorros, não deslocando a vítima sem o apoio adequado.

“O mais importante com a chegada dos socorristas é ser executada todas as etapas do atendimento médico pré-hospitalar, chamado de ABCDE, dando atenção máxima para as vias aéreas. Mesmo que esse paciente seja levado rapidamente para o cuidado médico, inclusive de helicóptero. Caso essa atenção às vias aéreas não seja observada pode acontecer o óbito a caminho do hospital”, continua Martelletto.

O especialista explica também que a estabilização da coluna cervical, a verificação dos pulmões (se estão expandindo) é uma etapa crucial no socorro. Esta etapa é considerada importante porque eventualmente no politraumatismo pode ocorrer um ferimento ou machucar as costelas, como um pneumotórax, um hemotórax ou mesmo uma contusão pulmonar, essa etapa é realizada através de um respirador que o socorrista possui na ambulância.

“Colocar o paciente em uma prancha rígida no transporte são procedimentos executados no pré-atendimento. Garantindo todas estas etapas e cuidados os socorristas priorizam também a imobilização da coluna cervical, a manutenção das vias áreas, a verificação de possíveis hemorragias, avaliação de possíveis fraturas e comunicação com a vítima para entender qual o seu estado de consciência”, finaliza o médico.

Via | Dr Maurício Martelletto – Ortopedia e Traumatologia CRM:72348/SP SBC:7166 Médico formado pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo há mais de 30 anos, Membro Diretor da Clínica Pro Movimento Especializada em Problemas de Coluna. Chefe do serviço de coluna em hospital de atendimento terciário da rede pública. Atualmente ministra cursos de pós-graduação em especial sobre cirurgia de hérnias de disco e estenose de canal, além de ministrar palestras, workshops e cursos em vários países. Membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, da Sociedade Brasileira de Coluna e da North American Spine Society (NASS). Instagram: @clinicapromovimento  Foto | Reprodução

 

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