Médica especialista explica como os tratamentos evoluíram na última década e podem retardar a necessidade do transplante ou até melhorar o resultado
Pouca gente sabe, mas a calvície está diretamente relacionada aos hormônios sexuais, principalmente a testosterona. Segundo o Ministério da Saúde, isso explica o fato de a condição ser muito mais frequente entre os homens, já que como as mulheres produzem o hormônio em quantidade muito menor, os casos são raros e, quando acontecem, são menos drásticos. Mas será que perder cabelo é normal? Em que momento a pessoa deve se preocupar? A médica tricologista Patrícia Marques, especialista na saúde dos cabelos, explica que perder de 50 a 100 fios por dia, em média, está dentro da normalidade e é considerado uma troca natural dos fios. “No caso da calvície é diferente, o cabelo não cai além do normal, ele se torna mais fino e curto progressivamente até desaparecer e as pessoas notam, ao longo do tempo, que a quantidade de cabelos está reduzindo. Ele fica mais ralo, o couro cabeludo começa a aparecer, a linha capilar recua e formam-se as entradas. Esse é o processo natural da calvície, que pode começar a partir dos 20 anos de idade em alguns homens”, explica. Dados do The American Hair Loss Council, instituto americano de perda de cabelos, mostram que, aos 35 anos, mais de dois terços dos homens sofrem de queda de cabelo e, aos 50 anos, 85% deles têm de lidar com o problema. A boa notícia é que a tecnologia evoluiu muito na última década e hoje existem diversos tratamentos para a calvície. “O padrão ainda é a combinação de medicamentos, mas vale o alerta de que eles possuem efeitos adversos e contraindicações e a automedicação não é aconselhada em nenhuma circunstância”, alerta a especialista. Além dos medicamentos, as infusões diretamente no couro cabeludo, o microagulhamento, a radiofrequência, o laser, placas de LED e até fatores de crescimento retirados do sangue do próprio paciente podem ser usados no tratamento. “A combinação entre esses tipos potencializa o resultado e deixa-o mais expressivo, rápido e duradouro”, afirma Marques. Agora, quando o paciente já apresenta perda definitiva de cabelo, aí só o transplante salva. Segundo Patrícia, que também é cirurgiã plástica e especialista em redução de testa, existem muitas técnicas, mas de forma geral, todas captam folículos de regiões que não estão suscetíveis à calvície e transplantam para a região necessária, geralmente as entradas e a coroa. “Pacientes com indicação para transplante capilar devem fazer tratamento clínico para calvície antes e após o procedimento, e isso pode retardar a necessidade do transplante, melhorar o resultado e reduzir a necessidade de sessões complementares”, diz. A especialista lembra ainda que a calvície é uma doença capilar crônica que não tem cura, portanto, a tendência é de progressão. “Reforço que é muito importante o diagnóstico correto da calvície, pois – ainda que incomum – existem doenças que se parecem muito com ela, mas têm outros mecanismos de ação. Ao notar qualquer mudança capilar, consulte sempre um médico tricologista para realizar o exame de tricoscopia”, finaliza. Sobre a especialista: Patrícia Marques é graduada pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, é membro especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e tem especializações em reconstrução de mama e da face no Hospital de la Santa Creu i Sant Pau, em Barcelona, e no Memorial Sloan Kettering Cancer Center, em NY, EUA. Também é especialista em medicina capilar e referência nacional em frontoplastia e redução de testa. CRM-SP 146410. Instagram: @dra_patricia_marques Site: https://www.drapatriciamarques.com.br/ Avenida Moema, 300, conjunto 71, Moema, São Paulo/SP Telefone: (11) 93206-0079
Via | Assessoria   Foto | Divulgação
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