A colombiana Martha Sepúlveda esperava acordar na manhã deste domingo (10) pela última vez. Isso porque ela seria a primeira de seu país a ser autorizada a passar pelo processo de eutanásia sem possuir quadro terminal.
Entenda o caso de Martha
Martha Sepúlveda sofre de esclerose lateral amiotrófica, mais conhecida como ELA, doença degenerativa que afeta o sistema nervoso e causa paralisia progressiva e irreversível. Atualmente, não existe cura para a ELA, apenas tratamento com medicamentos e fisioterapia para atrasar a perda motora gradual, e manter a independência do paciente em tarefas cotidianas por mais tempo. Sepúvelda conquistou a autorização para passar pelo procedimento de morte assistida devido a uma mudança na lei, aprovada em julho pela Corte Constitucional, maior instância do judiciário na Colômbia, que passou a permitir a eutanásia para pessoas com quadros que não são terminais – desde que o paciente “passe por sofrimento físico ou mental intenso, tenha lesão corporal grave ou doença incurável”. Antes dessa alteração, a eutanásia já era permitida no país – que foi o primeiro da América Latina a legalizar o procedimento –, mas era restrita a pacientes em quadros terminais e irreversíveis. Martha entrou com o pedido apenas dois dias depois da mudança na lei e, pouco tempo depois, já pôde marcar o procedimento. A mulher disse, em entrevista à rede televisiva Caracol, estar “mais tranquila” após ter a eutanásia autorizada. “As pessoas me dizem: ‘por que não luta mais?’, e eu respondo: ‘estou literalmente sem forças, luto para descansar’”, declarou.Via | CNNBrasil
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