Polícia Militar publicou exoneração de Helbert de França Silva e William Gomes de Souza nesta terça-feira

A Polícia Militar publicou a exoneração de um cabo condenado em 2016 por fazer parte de um “grupo de extermínio” responsável por pelo menos 5 homicídios feitos por “encomenda”. O caso é investigado na operação “Mercenários”, que teve sua 1ª fase deflagrada em abril de 2016.

A corporação publicou a exoneração do cabo PM no dia 1º de outubro. A publicação também informa a demissão do soldado William Gomes de Souza.

Os ex-policiais militares terão 5 dias para entregar suas fardas e demais materiais utilizados no trabalho. “Determinar que o Comandante imediato realize o recolhimento da identificação funcional, do fardamento e dos apetrechos que pertença a Fazenda Pública Estadual, remetendo tais materiais, ora a Diretoria de Gestão de Pessoas (identidade), ora para a Seção de Apoio Logístico e Patrimônio (material da Fazenda Pública), tendo 05 dias, a partir da publicação para a remessa ou que preste informação de qualquer impossibilidade”, diz trecho da publicação.

A PM não informou os motivos da exoneração de William Gomes de Souza. Porém, em consulta ao Poder Judiciário Estadual, uma ação movida pelo PM exonerado revela que ele foi eliminado na fase de avaliação psicológica do concurso público da PM. Ele entrou na Justiça alegando que os motivos de sua demissão não foram apontados de forma “clara e objetiva” pelo Poder Público.

MERCENÁRIOS

Helbert de França Silva foi condenado pelo assassinato de Luciano Militão da Silva e também pela tentativa de homicídio de Célia Regina Silva. Os crimes ocorreram em 2016.

As vítimas chegavam em sua residência quando foram abordados pelo PM e também por José Edmilson Pires dos Santos. Em abril de 2016, a polícia deflagrou a operação “Mercenários”, cumprindo 17 mandados de prisão e de busca e apreensão em Cuiabá e Várzea Grande. Seis policiais militares, seis vigilantes, dois informantes, além de outras duas pessoas apontadas como mandantes dos crimes foram alvos da operação.

Com os suspeitos foram apreendidas armas (espingardas calibre 12, pistolas 9 milímetros, revólveres) e munição, além de balaclavas, coletes balísticos, placas de veículos, luvas, roupas camufladas e uniformes da PM.

As investigações tiveram início em 2015 e foram realizadas por uma força-tarefa constituída pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT) para apurar casos de homicídio com características semelhantes e considerados de “alta complexidade”.

O trabalho, chefiado pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), revelou que o grupo preso está vinculado a pelo menos cinco casos de homicídio ocorridos entre os dias 3 de março e 13 de abril de 2016 em Cuiabá e Várzea Grande. A motivação, segundo as investigações, era meramente financeira e as vítimas não estavam necessariamente vinculadas a crimes.

Fonte | Folhamax

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