Equipes da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) coordenadas pelo superintendente de saúde coletiva – Paulo Padim, bem como técnicos e veterinários da Unidade de Vigilância em Zoonoses (UVZ), assim como o coordenador, Wagner Santos, estão na região dos residenciais São Sebastião e Jardim Iguassu realizando uma visita de casa em casa para fiscalizar e combater os mosquitos da Dengue (Aedes Aegypti) e o Mosquito Palha – vetor da Leishmaniose.
Essa força tarefa está sendo desenvolvida na região e em toda a cidade, em razão do registro de uma morte verificada recentemente na região, em razão da contaminação por Leishmaniose Visceral. Paulo Padim reiterou que no ano passado nessa mesma região houve o registro da morte de uma criança contaminada por Leishmaniose Visceral. Ainda segundo ele em 2022 foram registrados 44 casos de Leishmaniose tegumentar (lesões na pele ou mucosa) registrados da doença na cidade. E este ano, já tem um caso de óbito e um registro da doença na forma visceral (mais grave). Por isso, essa ação de prevenção e combate ao vetor. Os trabalhos estão concentrados nos cadastros dos animais (cães e gatos), na identificação de criadouros ilegais de galinhas e porcos; coleta do sangue para identificação da doença, efetuando ainda a vacinação contra a raiva canina e, realizando o cadastro para a castração pelo poder público e borrifação de combate aos mosquitos. Lembrando que todos estes serviços são gratuitos e os moradores não vão pagar nenhum valor. Padim pede às pessoas que abram as suas casas aos técnicos e veterinários da UVZ, bem como aos agentes de endemias, para que eles possam realizar o seu trabalho, e identificar eventuais criadouros do mosquito da dengue ou leishmaniose. O Superintendente de Saúde Coletiva, sugere aos moradores que tenham um ou mais animais, que se atentem à necessidade de tratamento, e em caso de contaminação que procurem uma clínica veterinária para cuidar do animal. A identificação da doença através da coleta do sangue, é feita gratuitamente na UVZ, mas o tratamento deve ser feito por veterinário em uma clínica particular. “Precisamos da consciência da população! Não basta apenas ter os animais e soltá-los na rua”, disse Paulo Padim que adverte: “Nós temos outro problema sério na cidade, relativa a terrenos sujos, tomados por mato e ou lixo.  Os terrenos custam caro, em muitos casos superam a casa dos R$ 100 mil, e existem muitos terrenos baldios, abandonados pelos donos, servindo para criadouro de insetos, mosquitos e animais peçonhentos”, ressaltou. Ainda conforme ele: “as multas são pesadas e passam da casa dos R$ 4 mil. No caso de reincidência ou intervalo de seis meses, entre uma autuação e outra, os valores dobram e chegam a casa dos R$ 8 mil. Então, fica bem mais barato, cuidar, limpar e manter limpo”, pontuou. Lembrando que a mesma preocupação dever ser observada quanto aos quintais das casas. Estes devem ser limpos e cuidados, tomando como cuidado, utensílios e locais que possam acumular água e se tornar um potencial criadouro dos mosquitos da dengue ou leishmaniose, e ainda entulhos e materiais inservíveis que podem se tornar criadouros. Estes objetos devem ser levados até um Ecoponto e descartados de forma legal e regular, protegendo assim a própria família, e, as dos outros, como vizinhos etc. CRIAÇÃO IRREGULAR DE ANIMAIS  O Gerente de Departamento da UVZ – Wagner Santos, adverte aos moradores da região do São Sebastião e Jardim Iguassu falou sobre uma ação irregular praticada na região, que é a criação urbana de galinhas e porcos, proibidas por lei municipal. Segundo Wagner, as fezes das galinhas e porcos, bem como os próprios cachorros, oportunizam a criação do mosquito palha, que é o vetor da Leishmaniose. Ainda conforme ele, a UVZ vai intensificar a fiscalização para identificar os locais e notificar os proprietários estipulando um prazo de 15 dias para a solução do problema da criação (retirada das galinhas ou porcos). Em caso de não atendimento por parte do morador; será aplicada então uma multa pecuniária que gira em torno de R$ 4 mil. “Nosso objetivo não é multar as pessoas, mas orientá-las para que observem e respeitem a legislação, protegendo a sua saúde e a dos demais”, finalizou. O QUE É? A Leishmaniose Tegumentar tem circulação maior em ambientes rurais, de mata, ou ainda me terrenos baldios sujos. Além disso, não é letal e está relacionada ao surgimento de lesões na pele ou mucosa. Já a Leishmaniose Visceral, por sua vez, se não tratada adequadamente pode ser letal ao ser humano e para os cães, acometendo fígado, baço e medula óssea.
Via | Assessoria   Fotos | Felipe Godoi
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