O Big Brother Brasil é o reality show de maior destaque na televisão brasileira. Em parte, isso se deve ao seu poder de renovação e adaptação, tanto na composição humana, quanto no aspecto tecnológico, acompanhando as mudanças comportamentais de seus consumidores.
O que um olhar desatento não costuma notar é o quanto a exibição pode ensinar as empresas, mesmo que atuem fora do ramo de entretenimento, a se manterem atualizadas sobre as tecnologias disponíveis no mercado, principalmente na questão de monitoramento e análise em tempo real. Contando com 23 edições de sucesso e o monitoramento de 63 câmeras, com algumas operando em 5G na versão atual do programa, listarei a seguir algumas lições sobre tecnologia que os negócios podem extrair da atração. Monitoramento em tempo real: Assim como no BBB, com câmeras que nunca desligam, é importante que as organizações estejam atentas ao cenário dinâmico. Ao implementar um sistema de monitoramento constante, é possível detectar padrões, acompanhar situações inusitadas e antever tendências. Assim como no jogo, o cenário muda de maneira muito ágil. Algumas instituições ainda tomam decisões “olhando para o retrovisor”, enquanto outras, com uma visão apurada do momento presente, dão passos mais precisos. Imagina só um brother decidindo um paredão com informações da semana retrasada? Visão global: No programa, fica evidente na hora da tomada de decisões, a  diferença que faz os participantes só terem acesso a uma parte da história. De fora, os telespectadores podem ver o todo e, por isso, agiriam diferente. No mundo corporativo, é essencial que os líderes tenham uma visão da operação como um todo, sem pontos cegos, para uma tomada de decisão consciente e assertiva. Capacidade de adaptação: o biólogo britânico Charles Darwin disse: “Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças”. Essa máxima vale tanto para os jogadores como para o meio corporativo. O mercado está sempre mudando, e o mais importante para uma empresa é sua capacidade de adaptação frente aos novos desafios apresentados a cada dia. Variáveis: Para prever resultados, é importante revisar o cenário sempre que uma variável muda. A entrada de um participante, as brigas, os romances, as provas do líder, o cansaço dos jogadores, cada posicionamento dos brothers pode afetar a opinião do público. O mesmo vale para as companhias. É necessário que as organizações migrem a prática de gestão de riscos e monitoramento preventivo e mitigatório para um outro nível, permitindo controle e integração das diversas áreas envolvidas no evento da variável em tempo real, garantindo a performance de toda a atividade desempenhada. Quanto mais variáveis forem consideradas na análise da empresa, mais assertiva será sua previsão. Quantidade de dados: O telespectador do BBB precisa da edição para acompanhar o programa, já que, mesmo no pay-per-view, não seria possível para uma só pessoa acompanhar todas as câmeras ao mesmo tempo. Tendo essa questão em mente, pela primeira vez na história do reality show, a Inteligência Artificial e machine learning vão permitir o reconhecimento facial dos brothers e promover a visualização automática dos cortes de câmera para mapear os movimentos pela casa, facilitando o acompanhamento dos participantes de forma ativa. Para as empresas, isso é importante do ponto de vista da maneira que as informações estão sendo expostas de forma mais acessível, rápida, de fácil visualização e compreensão, favorecendo a tomada de decisões. Assim como no Big Brother Brasil, é importante que as organizações acompanhem as tendências de comportamento, se atualizem para oferecer a melhor e mais completa experiência para seus usuários, em diferentes plataformas e canais de comunicação. Os avanços tecnológicos têm permitido que as corporações usem Inteligência Artificial, aprendizado de máquinas e sensores de Internet das Coisas (IoT) para aumentar o monitoramento de dados e interpretá-los, transformando essas informações em insights que geram inteligência operacional, economia e melhor performance operacional.
Via | Maria Eduarda Barreto, gerente de marketing da Viasat, INTELIE  Foto | Assessoria
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