Homem foi preso suspeito de posse ilegal de arma de fogo, segundo a polícia. Douglas José de Jesus é o principal suspeito do crime e está foragido.

Uma operação da Polícia Civil de Goiás (PC-GO) cumpriu 21 mandados de busca e apreensão nesta quinta-feira (2) durante a investigação do feminicídio de Fábia Cristina Santos, encontrada morta após viajar com o marido, Douglas José de Jesus. Segundo a Polícia Civil, Douglas é o principal suspeito do crime e está foragido. A PC-GO divulgou que um homem, que não teve o nome divulgado, foi preso por posse ilegal de arma de fogo durante o cumprimento dos mandados.

A prisão do homem aconteceu em Quirinópolis. Além da cidade, os mandados foram cumpridos em Paranaiguara, Presidente Prudente (SP) e Cuiabá (MT). A operação é feita com apoio da Polícia Civil de São Paulo e Polícia Civil de Mato Grosso. A PC-GO não divulgou detalhes do cumprimento dos mandados, nem se o homem preso tem alguma relação com o assassinato.

Armas encontradas durante operação que investiga caso de professora Fábia Cristina encontrada morta após viajar com o maridoem Quirinópolis, Goiás — Foto: Divulgação/PC-GO
Armas encontradas durante operação que investiga caso de professora Fábia Cristina encontrada morta após viajar com o maridoem Quirinópolis, Goiás — Foto: Divulgação/PC-GO

Desaparecimento

Fábia Cristina Santo e Douglas José de Jesus, Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera
Fábia Cristina Santo e Douglas José de Jesus, Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

O casal não era visto desde o dia 9 de março, quando saiu de Goianira em direção a Quirinópolis. Douglas José de Jesus e Fábia foram flagrados por câmeras de monitoramento de um posto de gasolina no Bairro Cidade Jardim, em Goiânia, quando estava em viagem para a missa de 7º dia do pai dela.

Vídeo mostra últimas imagens do carro do casal que sumiu quando viajava

O vídeo mostra quando os dois, que estavam num veículo Ford Fiesta preto, chegam ao estabelecimento e vão embora. As imagens mostram que o casal chega ao posto às 13h49 e sai de lá às 13h54.

A pedagoga chegou a enviar uma mensagem de texto pedindo ajuda para o filho minutos depois que o carro do casal foi multado e visto pela última vez trafegando acima da velocidade permitida, na GO-469, em Abadia de Goiás. Fábia e Douglas foram casados por 27 anos.

Fábia Cristina Santos e Douglas José de Jesus estão desaparecidos em Goianira; mulher mandou mensagem pedindo ajuda ao filho — Foto: Reprodução/Redes Sociais e TV Anhanguera
Fábia Cristina Santos e Douglas José de Jesus estão desaparecidos em Goianira; mulher mandou mensagem pedindo ajuda ao filho — Foto: Reprodução/Redes Sociais e TV Anhanguera

Corpo encontrado

O carro do casal, que estava desaparecido há mais de 40 dias, foi encontrado abandonado no dia 22 de abril deste ano em uma fazenda de Trindade, com um corpo dentro. A perícia confirmou, por meio da arcada dentária, que o corpo encontrado era de Fábia Cristina.

Segundo a Polícia Civil, o corpo estava esqueletizado e em estado avançado de decomposição. O corpo da professora foi enterrado no dia 24.

Marido suspeito

Segundo a investigação da Polícia Civil, o caminhoneiro Douglas José de Jesus, que usava o nome falso há quase 30 anos de Wander José da Silva, é suspeito de matar a esposa. A delegada responsável pela investigação, Carla de Bem, explicou como o homem conseguiu forjar a documentação para trocar de identidade e fugir da polícia desde 1996.

A polícia informou Douglas é réu por um duplo homicídio praticado em Quirinópolis em 1996 junto com um tio, que foi condenado, e está foragido desde essa época. Familiares contam que a identidade forjada era de um irmão mais novo de Douglas.

“Os dois documentos [de identidade] são materialmente verdadeiros, porque o primeiro ele tirou quando criança, sem coleta de impressões papilares, só com a foto e a assinatura dele ainda bem infantil, e o segundo ele volta e faz um novo documento ‘quente’. Ele colhe impressões papilares dele no nome de Wander”, explicou a delegada.

Conforme a delegada, o homem chegou a ser levado para a Central de Flagrantes em 2016, mas foi liberado porque as impressões digitais batiam com o nome Wander, já que ele tinha feito o registro no documento.

Via | G1 Fotos | Reprodução

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