Monkeypox (“Varíola Símia”) é tema de apresentação do 54º CBPC/ML A palestra “Varíola do Macaco: o que sabemos até agora?” foi ministrada ontem (6), no 54º Congresso Brasileiro de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (CBPC/ML) pelos Drs. André Mario Doi, diretor de Ensino da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML), Roberta Sitnik, membro da Association for Molecular Pathology (AMP) e especialista do Laboratório do Hospital Israelita Albert Einstein; o médico Patologista Clínico Paulo Paixão, representante da Sociedade Portuguesa de Patologia Clínica (SPPC) e do infectologista Sérgio Beduschi.
Créditos: Fotocongresso
A Dra. Roberta Sitnik iniciou a apresentação com uma breve introdução sobre o vírus, coleta dos materiais para o diagnóstico correto e os testes laboratoriais disponíveis, o Dr. Paulo Paixão falou sobre sua experiência em Portugal, um dos primeiros países a serem atingidos pela epidemia e o Dr. Sérgio Beduschi falou sobre os aspectos clínicos da doença e perspectiva sobre o futuro da epidemia. Eles explicaram que, em maio de 2022, a Organização Mundial da Saúde (OMS), notificou casos de Varíola símia em diversos países, inicialmente na Europa e posteriormente em diversas regiões do mundo. Desde então, o Brasil já confirmou cerca de 10.000 casos sendo o terceiro país no mundo com maior incidência. Este vírus foi descoberto em 1958, quando dois surtos semelhantes a varíola humana foram identificados em colônias de macacos mantidos para pesquisa (dando origem ao nome Varíola do macaco). O primeiro relato de infecção em humanos foi reportado em 1970 na República Democrática do Congo e desde então vêm sendo esporadicamente reportado em países da África Central e África Ocidental. Entretanto, o reservatório natural da Varíola símia ainda permanece desconhecido. Frente a este cenário preocupante e potencial de transmissibilidade na população, é essencial que medidas de saúde públicas sejam tomadas para reduzir a disseminação. Uma delas é o diagnóstico precoce dos pacientes acometidos para quebrar a cadeia de transmissão. Sobre a SBPC/ML A Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML) é uma Sociedade de Especialidade Médica, fundada em 1944 e que atua na área de laboratórios clínicos. Com sede na cidade do Rio de Janeiro, tem como finalidade reunir médicos com Título de Especialista em Patologia Clínica/Medicina Laboratorial e profissionais de outras especialidades como farmacêutico-bioquímicos, biomédicos, biólogos e outros profissionais de laboratórios clínicos, além de empresas do setor. A especialidade médica responde por apoio a 70% das decisões clínicas do país, influenciando desfechos e resultados econômicos da assistência à saúde. A SBPC/ML é responsável pelo PALC — Programa de Acreditação de Laboratórios Clínicos, que avalia laboratórios através de auditorias e determina se as práticas adotadas atendem requisitos pré-determinados para este tipo de serviço. O selo PALC garante a qualidade dos serviços prestados e a confiabilidade dos resultados dos exames. Em 2019, a SBPC/ML lançou a campanha #ImportantePrevenir, uma ação de orientação e conscientização da população sobre a importância da realização de exames laboratoriais de forma racional, sobretudo na fase preventiva, de assistência primária, pois eles são usados frequentemente para prevenção, diagnóstico e monitoramento do tratamento de doenças. A SBPC/ML dispõe de projetos de habilitação e qualificação profissional de acordo com a legislação em vigor, através de atividades voltadas para ensino, pesquisa e divulgação científica em Medicina Laboratorial, tendo como meta principal a saúde da população. Para alcançar esses objetivos a SBPC/ML realiza cursos, jornadas, congressos, eventos relacionados e publicações científicas.
Via | Assessoria   Foto | Freepik
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