Benefício complementar ao Auxílio Brasil para atletas que se destacam em competições prevê 12 parcelas de R$ 100 e uma parcela de R$ 1.000 A amazonense Ana Beatriz Tabosa, de 17 anos, tinha muitas expectativas antes da prova dos 3.000m do atletismo nos Jogos da Juventude, em Aracaju (SE). Integrante de uma família com dez irmãos em que a mãe recebe o Auxílio Brasil do Ministério da Cidadania, ela queria repetir a dose e subir ao pódio, como fez em edições anteriores, para orgulhar os familiares e referendar a chance de ser incluída no Auxílio Esporte Escolar. Benefício complementar do Auxílio Brasil, o Auxílio Esporte Escolar garante a estudantes-atletas de famílias inscritas no programa de transferência de renda um repasse de R$ 100 mensais e outros R$ 1.000 anuais. Isso além do mínimo de R$ 600 por mês já previsto no programa. A Portaria nº 808, publicada pelo Ministério da Cidadania nesta terça-feira (6.09) no Diário Oficial da União, referendou os critérios para acesso a esse benefício complementar do Auxílio Brasil. Segundo o texto, o Auxílio Esporte Escolar pode ser concedido a estudantes de 12 a 17 anos que, no ano letivo corrente, estiverem presentes em competições nacionais realizadas pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB), pela Confederação Brasileira do Desporto Escolar (CBDE) e pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). Também são elegíveis os que se destacarem em primeiro, segundo ou terceiro em competições regionais, estaduais, distritais realizadas pelas entidades esportivas ou governos locais e estaduais. A prioridade orçamentária é para os atletas que conquistarem o direito de disputar as competições nacionais e, na sequência, para aqueles que forem primeiros colocados em fases regionais, estaduais e distritais, e depois os segundos e terceiros. De acordo com a portaria, a lista dos contemplados será publicada no portal do Ministério da Cidadania e é responsabilidade das entidades apresentar à Secretaria Especial do Esporte a documentação referente aos resultados dos atletas nas competições. Ana Beatriz desta vez terminou aprova de meio-fundo em sétimo lugar. Mas, só por participar da competição organizada pelo COB, ela já é elegível ao benefício. “Ah, isso vai significar muito. Ajudar demais. Não só para a minha família, mas para comprar minhas vitaminas, meu tênis, tudo aquilo que um atleta de alto rendimento precisa. E ajudaria minha mãe, porque a gente tem dificuldade em casa, né? Ter aquele dinheiro na conta dela é um privilégio”, afirma Beatriz, que também costuma disputar corridas de rua para complementar a renda familiar. Os Jogos da Juventude reúnem 4.180 atletas das 27 Unidades da Federação. São 16 modalidades em disputa até o dia 17 de setembro na capital sergipana. Escadinha completa A potiguar Alice Pereira Lopes representa outra característica do Auxílio Esporte Escolar: a continuidade no apoio ao atleta. Natural de Currais Novos (RN), ela disputou no ano passado a etapa nacional dos Jogos Escolares Brasileiros (JEB’s), no Rio de Janeiro. Conquistou o direito ao Auxílio Esporte Escolar. Agora, em 2022, brilhou nas etapas regionais e, mesmo com apenas 15 anos, conquistou a vaga na etapa nacional dos Jogos da Juventude. Em sua primeira prova com outros atletas mais velhos, de até 17 anos, terminou na vigésima colocação, mas segue elegível ao Auxílio Esporte Escolar. “É muito maravilhoso isso. Não fiz a prova que gostaria aqui em Aracaju, mas foi uma ótima experiência competir com as mais velhas e ter chance de garantir esse apoio novamente. É uma experiência incrível competir, viajar, conhecer pessoas. Esse dinheiro serve para ajudar em casa e garantir o material esportivo mais adequado”, afirmou.
Via | Assessoria Ministério da Cidadania   Foto | Frame de vídeo/ Min. Cidadania
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