As empresas de navios anunciaram nesta segunda-feira (3) a suspensão de cruzeiros no país até o próximo dia 21 após surtos de Covid-19 serem registrados em embarcações que realizam viagens pela costa brasileira nesta temporada de verão. Os cruzeiros atualmente em andamento não serão afetados e vão finalizar seu itinerário.

Em nota, a Clia (Associação Brasileira de Navios de Cruzeiros) afirmou que a decisão é voluntária e se dá por “incertezas na interpretação e aplicação dos protocolos operacionais previamente aprovados”. Os casos de Covid-19 em cruzeiros no Brasil vêm aparecendo a cada dia. No domingo (2), o MSC Preziosa chegou ao Rio de Janeiro com 28 casos confirmados de Covid-19. Em Santos, no litoral de São Paulo, passageiros não puderam embarcar em um cruzeiro do MSC Splendida porque o navio foi colocado em quaerentena pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) após interromper uma viagem e chegar a Santos na quinta com 78 casos da doença. A Anvisa, que já pediu a suspensão dos cruzeiros e desaconselha o embarque por parte dos passageiros, informou no domingo que houve casos da doença nos cinco navios em operação no país. A CLIA Brasil afirmou que durante a pausa trabalhará para “buscar alinhamento com as autoridades do governo federal, Anvisa, estados e municípios nos destinos que operamos em relação às interpretações e aplicações dos protocolos operacionais de saúde e segurança que haviam sido aprovados no inicio da atual temporada, no mês de novembro”. Segundo a associação, nas últimas semanas, as duas companhias de cruzeiros afetadas experimentaram uma série de situações que impactaram diretamente as operações nos navios, tornando a continuidade dos cruzeiros neste momento “impraticável”. A CLIA Brasil disse lamentar que as companhias tenham sido levadas a tomar essa decisão, “dado que os protocolos de saúde e segurança dos navios continuam mostrando a sua eficiência, destacando-se como um exemplo a ser seguido em todo o mundo”. A associação já havia divulgado anteriormente que a taxa de infectados considerando passageiros e a tripulação dos navios era de 0,3%. “É importante que haja convergência entre os protocolos dos navios e os acordos feitos com as autoridades. Esperamos esclarecer esses acordos para garantir um plano uniforme entre as empresas e as autoridades em todos os níveis”, disse a empresa. Segundo a Clia, a temporada atual, que começou em novembro de 2021, tem previsão de movimentar mais de 360 mil turistas, com impacto de R$ 1,7 bilhão, além da geração de 24 mil empregos A associação listou os protocolos que vêm sendo adotados: • Vacinação completa obrigatória para hóspedes e tripulantes (elegíveis dentro do Plano Nacional de Imunização) • Testagem pré-embarque (PCR até três dias antes ou Antígeno até um dia antes da viagem) • Testagem frequente de, no mínimo, 10% das pessoas embarcadas e tripulantes • Capacidade reduzida a bordo para facilitar o distanciamento social de 1,5m entre os grupos e permitir a distribuição de cabines reservadas para isolar casos potenciais • Uso obrigatório de máscaras • Preenchimento de formulário de saúde pessoal (DSV – Declaração de Saúde do Viajante) • Ar fresco sem recirculação, desinfecção e higienização constantes
Via | R7
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