MT registrou, em 2020, 140 casos da doença. Tipo é raro e ainda estigmatizado Cento e quarenta pessoas foram diagnosticadas com câncer cerebral em Mato Grosso, no ano de 2020. O número aponta o que as estatísticas revelam em gráfico. É um tipo raro, representando um total de 1,7% entre todos os cânceres registrados no estado. E essa singularidade ainda provoca muito estigma em relação ao tratamento e prognóstico. O “Maio Cinza” vem para trazer à luz verdades sobre a doença. Apesar de assustar, o tumor cerebral conta com um amplo arsenal de tratamento. Os mato-grossenses possuem uma vantagem em relação aos outros estados: contam com um dos menos de quinze neuro-oncologistas neurologistas atuantes no país. Uma vez por mês, o médico Gabriel Batistella vem a Mato Grosso para atender na clínica Oncolog para atender pacientes com tumor cerebral ou complicações neurológicas do tratamento oncológico de forma geral. Entre os reduzidos especialistas da área, a maioria atua em São Paulo. “O paciente neuro-oncológico tem necessidades que pouco se discutem, que é o de estar em casa, perto da família. Ele tem que entender que ele consegue fazer o tratamento sem deixar de ser quem ele é”, pontua. Isso porque, explica Batistella, sabe-se que um dos principais fios condutores do tratamento é a chamada “performance”, que nada mais é que estar bem, ter autossuficiência. “Assim, eu consigo encontrar um caminho, um tratamento que vai dar vida, uma nova chance. E ter que sair de onde você mora, pegar um avião, traz desgaste, só quem passa por isso sabe”. O câncer cerebral é, na maioria das vezes, esporádico. A medicina ainda se debruça para rastrear sua origem, com muitos estudos feitos, mas nada conclusivo. Por isso, os tratamentos personalizados para cada paciente, sendo observado como cada um responde durante o tratamento. “Nós temos pacientes que são raros e, por serem raros, temos poucas pessoas que sabem tratar. São pacientes carentes de médicos, de esperança, de chances de vida. Mas quando acompanhados por um especialista, isso se reverte. Não existe mais isso de não ter o que fazer. Sempre há o que fazer, basta encontrar o caminho certo”, explica. Ainda de acordo com Batistella, por isso a importância do “Maio Cinza”, para mudar o senso comum sobre o câncer cerebral. O paciente precisa saber que existem rotas. No estado, além de corpo médico, também há disponível alcance tratamentos com imunoterapia, medicamentos e tudo o que grandes centros, como São Paulo, possuem. Raridade De acordo com a International Agency for Research on Cancer, cerca de 308 mil pessoas descobriram tumor cerebral em 2020. A Ásia possui as maiores estatísticas, com 52,6% dos casos. Mas a América Latina conta com uma fatia significativa do bolo, com 10%. Mais internamente, o Brasil emplacou 4,1% dos casos registrados em todo o mundo. São números que podem assustar, mas ainda menores se comparados a outros tipos de câncer. Em todo o Brasil, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), foram mais de 600 mil registros de câncer no ano passado. Entre os mais comuns, os de mama e próstata, possuem suas causas e tratamentos amplamente difundidos, e já muitos com possibilidade de cura. Já quanto ao câncer cerebral, foram 11.100 casos. Sabe-se que ele é mais comum entre homens. Muitas das pessoas que possuem um tumor no cérebro, são oriundos de metástase, quando a doença se espalhou para outra área do corpo. Poucos casos são de tumores que nasceram no cérebro em si.
Via | Assessoria
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