– Número de empresas beneficiadas é de 200 mil, sendo 99% delas micro, pequenas e médias

– Programa Emergencial de Acesso ao Crédito (PEAC) passou de R$ 30 bilhões em créditos garantidos

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) já movimentou R$ 61,7 bilhões na economia para auxiliar as empresas brasileiras a superar os efeitos da pandemia de Covid-19. Ao longo de 5 meses, desde o anúncio das primeiras medidas no fim de março, esse valor foi destinado prioritariamente a micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) – 99% das 200 mil empresas apoiadas. Todas essas empresas empregam mais de 6 milhões de pessoas.

Cabe destacar o desempenho do Programa Emergencial de Acesso ao Crédito (PEAC), que proporcionou a mais de 35 mil empresas R$ 30,6 bilhões em créditos garantidos desde seu lançamento em 30 de junho. Essa quantia, que era de R$ 20 bilhões na última semana, vem crescendo em ritmo acelerado. Atualmente, 40 agentes financeiros já estão habilitados a contratar empréstimos com garantia, que podem ser de R$ 5 mil até R$ 10 milhões. As instituições são as responsáveis pela decisão final de utilizar a garantia do programa e avaliar o pedido de crédito, no momento em que estruturam cada uma de suas operações.

Além desses R$ 61,6 bilhões destinados às empresas brasileiras, outros R$ 20 bilhões foram repassados do Fundo PIS-PASEP, administrado pelo BNDES, para o FGTS, permitindo que pessoas físicas façam saques emergenciais e destinem parte desses recursos ao consumo, o que também ajudará a economia a se reerguer e dará fôlego aos pequenos negócios. Computado esse valor, o total das medidas emergenciais operacionalizadas pelo BNDES ultrapassa a marca de R$ 80 bilhões.

Contexto positivo no crédito – Dados do Banco Central mostram que, apesar da expectativa inicial de retração do crédito devido à insegurança econômica gerada pela pandemia, houve aumento na carteira de operações de crédito para MPMEs na maioria dos setores econômicos. Tomando como base o mês de julho, a variação foi positiva em 14,8% para grandes empresas; 12,9%  para médias, 21,7% para pequenas; e 24,1% para as microempresas.

Desempenho das linhas emergenciais do BNDES – As iniciativas vêm sendo anunciadas desde 22 de março e buscam preservar empregos e as atividades econômicas das companhias durante esse período, além de viabilizar investimentos no setor de saúde. Abaixo segue uma síntese das medidas que já estão disponíveis:

– O BNDES e o Ministério da Economia ofereceram garantias a mais de 35 mil empresas por meio do Programa Emergencial de Acesso ao Crédito (PEAC), totalizando R$ 30,6 bilhões.

– A linha Crédito Pequenas Empresas, que oferece crédito para capital de giro, superou a previsão inicial de R$ 5 bilhões e já aprovou R$ 6,9 bilhões, apoiando mais de 21 mil empresas.

– O Programa Emergencial de Suporte ao Emprego (PESE), relançado na última quinta-feira, 27 de agosto, já aprovou R$ 4,6 bilhões em crédito desde março/abril, viabilizando o pagamento de salários de mais de 1,9 milhão de funcionários de 114 mil empresas.

– A suspensão de pagamentos de financiamentos (standstill) ao setor privado totalizou R$ 12,4 bilhões, beneficiando mais de 28,5 mil MPMEs e 492 grandes empresas.

– Com um orçamento de R$ 4 bilhões, as ações emergenciais voltadas ao setor público somaram R$ 3,9 bilhões em suspensões de pagamentos de estados e municípios. Além disso, o BNDES acelerou liberações de financiamentos contratados por estados no total de R$ 225 milhões.

– Com outras 15 instituições financeiras, o BNDES disponibilizou R$ 14,84 bilhões líquidos na Conta Covid, para financiamento ao setor elétrico, de forma a evitar um aumento imediato maior das tarifas. Destes, já foram aprovados R$ 2,7 bilhões.

– O Matchfunding Salvando Vidas, ação de financiamento coletivo destinado à compra de materiais, insumos e equipamentos para Santas Casas e hospitais filantrópicos, arrecadou R$ 73 milhões (metade desse valor aportado pelo BNDES).

– As aprovações do Programa de Apoio Emergencial ao Combate da Pandemia do Coronavírus totalizaram R$ 292 milhões para o setor de saúde, que estão contribuindo  para a abertura de até 2.868 leitos de UTI e enfermaria, e para a aquisição de equipamentos, como 1.500 monitores de acompanhamento médico e 4,5 milhões de kits de diagnósticos.

Medidas em fase de estruturação para MPMEs – Ciente de que uma parcela das MPMEs ainda precisará recorrer ao crédito na retomada da economia, o BNDES prossegue em busca de novos modelos para financiá-las. Está em curso a seleção de fundos de crédito a MPMEs por canais alternativos (como fintechs ou sistemas de pagamento digital), ampliando o acesso aos financiamentos. O BNDES aportará até R$ 4 bilhões nos fundos, no total. Além disso, também está sendo estruturado o programa Crédito Maquininhas, de concessão de crédito para MEIs, micro e pequenas empresas, garantido pelas vendas futuras por máquinas de pagamento eletrônico. A União poderá aportar até R$ 10 bilhões no programa.

Sobre o BNDES – Fundado em 1952 e atualmente vinculado ao Ministério da Economia, o BNDES é o principal instrumento do Governo Federal para promover investimentos de longo prazo na economia brasileira. Suas ações têm foco no impacto socioambiental e econômico no Brasil. O Banco oferece condições especiais para micro, pequenas e médias empresas, além de linhas de investimentos sociais, direcionadas para educação e saúde, agricultura familiar, saneamento básico e transporte urbano. Em situações de crise, o Banco atua de forma anticíclica e auxilia na formulação das soluções para a retomada do crescimento da economia.

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