Salários variam entre R$ 11,6 mil e R$ 23,2 mil, de acordo com a carga horária. Contrato é temporário e chamamento será feito de acordo com a necessidade da SMS.

A Prefeitura de Goiânia abriu nesta quinta-feira (4) o edital para contratação temporária de médicos pediatras. Não há um limite de vagas para inscrição, mas o chamamento será feito de acordo com as necessidades e disponibilidades orçamentárias do município. Os salários variam de R$ 11,6 mil a R$ 23,2 mil.

Os pediatras vão atender as áreas de urgência e emergência da rede pública. Os profissionais devem entregar a documentação solicitada no edital na Gerência de Contratos, Convênios e Credenciamento, no Paço Municipal. Os nomes dos selecionados serão publicados em até cinco dias no Diário Oficial.

Os médicos serão encaminhados para as unidades de saúde de acordo com a demanda e estudo técnico feito pela Secretaria Municipal de Saúde. O prazo de contrato é de um ano.

Os profissionais podem escolher trabalhar por 20 horas semanais, com um salário de R$ 11,6, ou por 40 horas semanais, com vencimento de R$ 23,2 mil. Porém, de acordo com o edital, serão contratados preferencialmente os optantes pela carga menor.

Na terça-feira (2), A secretária Municipal de Saúde, Fátima Mrué foi convocada por vereadores a dar explicações sobre o atendimento na rede pública. Alguns pacientes alegaram que não estariam recebendo a atendimento adequado.

Durante a sessão, a secretária foi questionada sobre o motivo de não distribuir os pediatras por todas as unidades de saúde de Goiânia ao invés de concentrar a urgência da especialidade somente no Cais de Campinas.

“Essa situação já foi debatida várias vezes. Dois pediatras só podem atender um ou dois dias na semana [por causa da carga horária]. É difícil para os pais memorizarem que dia tem e em qual local. Foi no sentido de dar conforto para a população que nós concentramos no cais Campinas”, respondeu Fátima.

Irregularidades

Relatório elaborado pelo Conselho Tutelar denuncia uma série de irregularidades no Cais do Setor Campinas. Entre os problemas, o órgão aponta que os médicos fazem um “rodízio” de trabalho nos finais de semana, provocando furos na escala prevista e, consequentemente, prejudicando o atendimento.

Além disso, o documento menciona que os profissionais têm uma “cota” de atendimentos e vão embora após cumpri-la, mesmo que seu expediente não tenha terminado. Outra questão verificada foi o fechamento da ala de pediatria no período noturno, a qual deveria funcionar ininterruptamente.

As denúncias foram feitas por uma funcionária da unidade, que exigiu anonimato, e constam em um ofício que foi encaminhado ao Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO).

Na ocasião, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou à TV Anhanguera que todas as crianças que chegam ao Cais passam por triagem e são atendidas conforme a classificação de risco.

Declarou ainda que quatro pediatras atendem no Cais durante o dia e dois à noite, negou que exista um rodízio e afirmou que está implantando ponto eletrônico nas unidades de saúde.

Fonte | G1

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