Kevilson Richer Silva de Oliveira tem 23 anos e confessou à Polícia Militar que roubou para pagar o tratamento do filho doente e do pai cadeirante
Kevilson Richer Silva de Oliveira, o homem que confessou ter assassinado a tiros o sargento aposentado da Polícia Militar Marino Soares, de 62 anos, na última sexta-feira (8), em Cuiabá, disse que cometeu o crime para “pagar” o tratamento do filho doente e do próprio pai cadeirante.
Segundo um vídeo gravado pela PM, Kevilson, que possui 23 anos e também é conhecido como “Nene”, relata que abordou o sargento aposentado no bairro Vila Rosa, na Capital. Ele portava um revólver calibre 38 e ameaçou Marino Soares, que dirigia seu Ford EcoSport e passava por uma lombada numas das ruas do bairro. Ambos entraram em luta corporal após o PM aposentado sair de seu veículo e tentar desarmar o bandido.
“O policial reagiu na hora do assalto. Entrou em luta corporal contra mim. Veio correndo atrás de mim tentando tomar a arma. Eu disparei uns tiros contra ele. Abordei ele no quebra-molas”, disse Kevilson no vídeo gravado pela PM
Após os disparos, o assaltante narra que entregou o revólver calibre 38 para seu parceiro, identificado como Uildes Junior de Oliveira Passo, conhecido como “Neguinho”, após entrar na EcoSport do sargento aposentado e dirigir por alguns metros até um bairro próximo. Neste momento, Kevilson percebeu que dentro do carro roubado havia uma pistola Taurus calibre .380, que pertencia a Marino Soares. A arma de fogo também foi entregue ao parceiro de “Nene” no crime.
“A arma tava no chão do carro. Debaixo do [banco do] motorista, caída. Eu fui no carro, fui sem nenhuma arma no carro. Passei [o revólver 38] para o outro rapaz, em outro bairro, na hora que eu parei do lado dele. Ali perto da rua de chão. Não teve combinação de nada, foi tudo aleatoriamente”, explica o suposto autor do latrocínio.
Indagado se conhecia o sargento aposentado, Kevilson respondeu que “nunca tinha visto na vida” e justificou o latrocínio dizendo que precisava de dinheiro para pagar o “tratamento” do filho e de seu próprio pai, que seria cadeirante.
“Nunca tinha visto [a vítima] na minha vida. Tava procurando qualquer coisa, precisando do dinheiro, pagar tratamento do meu pai que é cadeirante, meu filho tá doente, necessito igual todo mundo”.
Kevilson Richer Silva de Oliveira foi preso pela PM na mesma sexta-feira. Seu parceiro no crime, Uildes Junior de Oliveira Passo, o “Neguinho”, continua foragido.
Fonte | FolhamaxShare this content: