Emilson responde por outra agressão contra uma mulher. Em novembro de 2017, uma professora de Educação Física, na época namorada dele, relatou ter sido agredida com golpes na cabeça e na nuca. Depois, ele teria obrigado ela a mentir sobre o caso para a polícia.
Na agressão ocorrida nesta quinta, conforme boletim de ocorrência registrado por A.G.H., a vítima disse que estava na casa do namorado quando eles começaram a discutir. O médico teria se alterado e a ofendeu com diversos xingamentos.
Em seguida, ele teria agredido a vítima com socos na cabeça e na boca, puxões de cabelo e tapas. Conforme a mulher, o médico também puxou fortemente a sua orelha, jogou-a na cama e mandou que ela permanecesse calada.
Em certo momento, durante as agressões, a vítima disse que conseguiu fugir para a cozinha da residência. Ela narra que a mãe do suspeito abriu a porta para ela sair e a acompanhou até a casa de um vizinho.
A.G.H. disse à polícia que a mãe do suspeito ligou para um irmão do médico e pediu que ele a levasse embora, porque tem medo do próprio filho. A vítima relatou à polícia que ligou ao ex-marido, o juiz Jamilson Haddad Campos, que, segundo a mulher, orientou A.G.H. a registrar um boletim de ocorrência contra o médico e pedir medida protetiva.
Segundo o relato da vítima, o namorado dela disse que iria matá-la e “cortar a filha dela em mil pedaços”, caso ela contasse sobre o caso ao ex. O médico também teria afirmado, conforme A.G.H., que mataria o magistrado, caso ele soubesse das agressões.
De acordo com a vítima, durante a discussão, o médico ligou para uma amiga dela, identificada como M.F.C.A.M., 34 anos, e fez ameaças, dizendo que iria atrás da mulher e “acabaria com ela”. Conforme A.G.H., o homem ameaçou a amiga porque a mulher revelou que o suspeito é usuário de drogas e foi expulso da prefeitura.
A Polícia Civil não informou se o médico foi preso ou se já foi chamado para prestar esclarecimentos sobre o caso. A entidade limitou-se a informar que não fornece detalhes de ocorrências envolvendo violência doméstica contra a mulher. O caso foi encaminhado para Delegacia Especializada de Defesa da Mulher, em Cuiabá. Na madrugada desta sexta (15), a vítima foi levada para fazer exame de corpo de delito.
Outro lado
O juiz Jamilson Haddad não se pronunciou sobre o caso. O Tribunal de Justiça de Mato Grosso não emitiu nenhum comunicado sobre a situação. A reportagem não conseguiu contato com a defesa do médico Emilson Miranda Júnior.
Fonte | RD News
