Um grupo de quatro jovens de Cuiabá e Jaciara acusa Carlos Eduardo de Moraes Reiners, de 25 anos, de aplicar um golpe contra eles, na compra de aparelhos celulares. Em 2017, ele foi preso pela Polícia Civil, acusado de estelionato, após se passar por médico e tentar “vender” vagas na Prefeitura de Cuiabá.

De acordo com B.S.V., L.L.A.M., E.R. e L.D., Carlos Eduardo os procurou após B.S.V. anunciar em uma rede social a venda de seu celular, um iPhone 8. Ele, então, procurou a vítima e se mostrou interessado no aparelho. O suspeito disse que tinha um Iphone XR, avaliado em R$ 4 mil para vender e que pegaria o celular antigo da vítima, mais R$ 650 como pagamento.

Segundo o boletim de ocorrência, B.S.V. aponta que o aparelho seria, ainda, comprado no Paraguai por um rapaz identificado como Rodrigo. No entanto, o celular Iphone XR nunca foi entregue e que, após um período, ao ser procurado, Carlos Eduardo passou a mentir quando era cobrado para cumprir o combinado.

Também em boletim de ocorrência, L.L.A.M. relata que interessada na proposta, também quis comprar o novo aparelho e em 29 de novembro de 2018, Carlos Eduardo buscou o aparelho antigo em sua residência. E.R., também interessado, pagou R$ 4,5 mil para que o acusado comprasse o celular no exterior e trouxesse para ele.

No dia 10 de dezembro, Carlos Eduardo ligou para B.S.V. informando que havia sido preso em Coxim (MS) e que teriam que ser pagos R$ 1,2 mil a mais pelo prejuízo com a mercadoria perdida, quantia que seria entregue em Rondonópolis.

Ao chegar ao município, o suspeito procurou as vítimas alegando que Rodrigo havia sido liberado e que a situação deveria ser resolvida com ele.

O suspeito identificado como Rodrigo afirmou que depositaria o dinheiro, relativo aos pagamentos feitos, até o dia 15 de dezembro. Na data, ele alegou ter enviado os R$ 4,8 mil por meio de uma agência em Primavera do Leste. No entanto, as vítimas afirmaram que o dinheiro não caiu na conta.

Procurado pelas vítimas, o gerente do banco informou que o envelope vazio foi depositado em uma agência do Banco do Brasil localizada na Avenida Barão de Melgaço, em Cuiabá. As vítimas, então, suspeitaram do golpe e denunciaram o acusado para a polícia.

Preso em 2017

Carlos Eduardo de Moraes Reiners foi preso pela Polícia Civil em novembro de 2017, acusado de estelionato. Ele foi detido em flagrante ao se passar por médico e tentar dar um golpe de venda de vagas na prefeitura de Cuiabá. O fato foi registrado no estacionamento de uma faculdade particular, em Várzea Grande. O rapaz é muito conhecido por ostentar nas redes sociais e festas pelo Brasil.

Na ocasião, um investigador da Polícia Civil recebeu a informação de que o suspeito estaria se passando por médico concursado da Prefeitura de Cuiabá e vendendo vagas de emprego a vários formandos e estudantes de nível superior, cobrando vantagens de até R$ 330 para cada candidato.

Para convencer as vítimas, o acusado dizia ter influência junto ao secretário de Saúde do município e a diversos gestores de outras pastas. A polícia conseguiu contato com uma das vítimas e descobriu o horário e data em que Carlos iria se encontrar com outra vítima.

Os investigadores foram até o estacionamento da  faculdade. Depois de algumas horas, o acusado chegou em uma Tucson e foi ao encontro da vítima. Os dois conversaram por alguns minutos e o rapaz solicitou um envelope com cópias dos documentos e ainda R$ 110 em espécie.

Na sequência, foi feita a abordagem do suspeito, que disse não ser médico e que os valores dentro do envelope seriam de uma dívida que a vítima teria com ele. Além disto, Carlos apresentou um documento de identificação autenticado, que segundo os investigadores, estava com resquícios de adulteração.

Foi realizada a checagem do veículo em que o acusado estava e constou que ele pertencia a outra pessoa. Os investigadores fizeram contato com o proprietário, que informou ter vendido a Tucson, mas que o novo dono não havia realizado a transferência do dinheiro e que a SUV teria sido usada em um furto cometido em Alto Taquari. Além disto, o veículo tinha sido identificado e apreendido. Porém, os documentos do antigo dono teriam sido falsificados para a retirada da Tucson, que estava com Carlos.

Fonte | Hipernotícias
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