O setor da mineração, em Mato Grosso, movimentou mais de R$ 1,4 bilhão em 2017, mas contribuiu com apenas R$ 22,9 milhões em impostos ao Estado, no último ano. Os dados são da Companhia Mato-grossense de Mineração (Metamat) e da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz). Os holofotes se voltaram ao setor após o rompimento da barragem de Brumadinho (MG), na última semana.

Barragem em Poconé

Segundo os números da Sefaz, o setor de extração mineral contribuiu, em 2018, com R$ 15,2 milhões, em Imposto sobre circulação de mercadorias e serviços (ICMS) arrecadado, além de R$ 7,7 milhões relativos à Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (Cefem), repassados pelo Governo Federal. No total, o montante foi de R$ 22,9 milhões, equivalente a 0,19% da arrecadação total de ICMS do Estado no ano passado, que foi de R$ 12,1 bilhão.

Segundo dados da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), pasta responsável pela Metamat, oriundas da Agência Nacional de Mineração (ANM) e relativos a 2017, apontam que o setor movimentou R$ 1,4 bilhão naquele ano. O ouro foi responsável por mais da metade deste valor, com R$ 858,4 milhões comercializados.

O calcário corretivo de solo, utilizado nas lavouras, vem na segunda colocação, com R$ 311 milhões comercializados. Outros itens minerais explorados em Mato Grosso e que entram na lista da Metamat são: água mineral, água mineral balneário, areia, argila, argila-cimento, cal hidratada, cassiterita, calcário brita, calcário cimento, cascalho, caulim, diamante, laterita, manganês, pedrisco, pó de rocha, quartzo e rochas britadas.

Barragens

Mato Grosso possui 30 barragens de mineração e uma delas está classificada como de alto risco na Agência Nacional de Mineração (ANM). Trata-se da Barragem Ismael, em Poconé, que possui dano potencial associado médio, segundo o relatório publicado em janeiro de 2019 e é de responsabilidade de Ismael Ledovino de Arruda. A maior mina em volume pertence a Maney Mineração, que pertence ao governador Mauro Mendes (DEM). A mina é classificada como de baixo risco na ANM, mas possui danos potenciais associados altos.

Fonte | Hipernotícias
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