Sob alegações de que não consegue liberar emenda parlamentar de R$ 12,4 milhões parada há 20 dias no Fundo Municipal de Saúde (FMS) e imprescindíveis para sanar os problemas financeiros do hospital, o presidente da Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá, Antônio Preza, decidiu divulgar carta renunciando ao cargo nesta terça-feira (29).

O administrador da entidade filantrópica diz que a instituição enfrenta dificuldades financeiras extremas, certamente melhoráveis ante a liberação do dinheiro obtido junto à bancada federal. Segundo ele, os valores estão com a Prefeitura Municipal de Cuiabá.

Preza diz que renunciou para agilizar a liberação do recurso. O novo presidente é o médico Carlos Coutinho, até então vice.

Ontem (28) à tarde, o secretário municipal de Saúde, Luiz Antonio Possas de Carvalho, falou em entrevista que há entidades filantrópicas que mantém artificialmente a longa fila de espera de cirurgias e procedimentos de alta complexidade.

A gestão de Preza coincidiu com uma das maiores crises da história da Santa Casa. Ele enfrentou diversas greves de médicos e enfermeiros por conta de salários atrasados, que chegaram a passar de três meses.

Íntegra da carta de Antonio Preza:

“Aos membros da sociedade mantenedora da Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá

Ao longo dos últimos seis anos estivemos à frente da diretoria que dirigiu os destinos da sociedade e que foi uma experiência inimaginável na minha vida, mas nos últimos tempos estamos passando por dificuldades financeiras extremas que seriam amenizadas com a liberação da emenda parlamentar que já está na prefeitura municipal de Cuiabá, alocada pela bancada federal de Mato Grosso que não consegui que esta liberação ocorresse.

No sentido de facilitar um resultado positivo quando a liberação desses recursos, renuncio à presidência da Santa Casa transferindo ao vice-presidente Dr. Carlos Coutinho, para que possa fazer gestão junto à municipalidade da liberação da emenda que é fundamental para a nossa sobrevivência.

Esta diretoria conseguiu fazer grandes mudanças na estrutura física, mas em relação ao custeio não conseguimos avanços. Todas as nossas contas foram aprovadas por unanimidades pelas assembleias gerais da sociedade.

Agradeço a Deus a oportunidade que me foi dada, agradeço também a minha família e principalmente a minha esposa Telma que foi incansável ao vir ao meu auxílio e todos o apoio recebido e fico à disposição. Obrigado.

Cuiabá, 29 de janeiro de 2019”.

Fonte | Folhamax
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