Uma comitiva com cerca de 140 militares israelenses vai desembarcar por volta de 21h deste domingo no aeroporto internacional de Confins, na região metropolitana de Belo Horizonte, para auxiliar nos trabalhos de buscas de vítimas da tragédia após o rompimento da barragem I da Mina do Feijão em Brumadinho, também na região metropolitana. De acordo com o cônsul de Israel em Belo Horizonte, Silvio Musman, a ideia é de que a equipe fique na cidade até o fim da próxima semana.

“A previsão é de permanecer aqui a semana inteira. Os trabalhos serão iniciados a partir de amanhã (segunda), porque de acordo com o Corpo de Bombeiros, lá os trabalhos começam às 4h e terminam 20h. Então como o avião chega 21h, até descarregar tudo, levar o pessoal para locais de acomodação, demora. Aí amanhã possivelmente os comandantes operacionais vão se encontrar e fazer reconhecimento do local para definir a logística mais precisa da operação”, disse o cônsul.

De acordo com Musman, a equipe israelense que está a caminho de Belo Horizonte é especialista no manejo de grandes catástrofes e estão trazendo equipamentos de alta tecnologia de localização de pessoas que possam estar soterradas, cães treinados, sonares e sondas,  que são equipamentos aptos a detectarem sobreviventes ou corpos que estão debaixo de escombros ou lama.

O aparelhamento deve ser semelhante ao que foi usado no resgate dos garotos e do treinador que ficaram perdidos e presos em uma caverna na Tailândia.

Na manhã deste domingo, Benjamin Netanyahu, primeiro ministro de Israel, publicou um tweet falando que a delegação israelita está a caminho do Brasil para ajudas as vítimas do desastre. “Nós ajudamos nossos amigos”, disse o primeiro ministro.

Ainda não há o local onde os israelenses vão se alojar no Estado.

Logo após a chegada da comitiva, Zema se reúne com eles, na capital mineira, onde serão discutidas as propostas da ação.

Já nas primeiras horas da manhã de segunda-feira (28), o Governador levará os especialistas em salvamento em tragédias para fazer o reconhecimento da área atingida, planejar as capacidades para instalações dos equipamentos do exército israelense e dar início aos trabalhos.

A missão, que vai ser chefiada pelo embaixador de Israel no Brasil, Yossi Shelley, conta ainda com seis cães farejadores e 16 toneladas de equipamentos, incluindo radares terrestres. Os trabalhos do Exército de Israel são de cooperação com o Estado e a coordenação continua sobre a responsabilidade da Defesa Civil do Estado.

Fonte | O Tempo