A Justiça determinou o recolhimento do passaporte da empresária Jackeline Leão Southier, de 25 anos, que atropelou e matou o motociclista Rodrigo Bem Fica Pipi, de 18 anos, ao cruzar a preferencial, no dia 13 deste mês, em Tangará da Serra, a 242 km de Cuiabá.

Na decisão de sexta-feira (18), a juíza Anna Paula Gomes proíbe a jovem de se ausentar do país, já que ela residia em Londres, na Inglaterra, e determina que ela entregue o documento, pois a permanência dela no Brasil é necessária para a conclusão da investigação.

A magistrada ainda determina que a polícia e as autoridades fiscalizem a fim de evitar que ela saia do território nacional.

No mesmo dia do acidente, Jackeline passou por audiência de custódia e a Justiça determinou que ela continuasse presa, convertendo a prisão em flagrante para preventiva.

Na última quinta-feira (17), quatro dias após o acidente, a empresária foi solta sem pagar fiança depois que a defesa conseguiu um habeas corpus.

A prisão preventiva foi convertida em liberdade provisória. Agora, a empresária precisa cumprir algumas medidas cautelares, como não ingerir bebida alcoólica, não frequentar bares e boates e ainda se apresentar uma vez por mês no Fórum de Tangará da Serra.

Rodrigo Bem Fica Pipi, de 18 anos, foi atingido por caminhonete que estava em alta velocidade — Foto: Polícia Civil-MT/ Divulgação

Rodrigo Bem Fica Pipi, de 18 anos, foi atingido por caminhonete que estava em alta velocidade — Foto: Polícia Civil-MT/ Divulgação

Amigos e familiares do jovem morto no acidente fizeram uma homenagem a ele na praça da bíblia no sábado (19). No local onde ocorreu o acidente, foram deixadas flores, fotos e mensagens para Rodrigo.

Para a família de Rodrigo, a decisão da Justiça em soltar Jackeline gera revolta, porque, segundo o laudo da perícia técnica, a motorista estava em velocidade acima do limite permitido.

Caminhonete se chocou com moto em que Rodrigo estava — Foto: TVCA/Reprodução

Caminhonete se chocou com moto em que Rodrigo estava — Foto: TVCA/Reprodução

O acidente ocorreu em um cruzamento, às 6h38 da manhã daquele domingo. Rodrigo saía do trabalho e seguia em uma motocicleta pela Rua Julio Martinez Benevides, em velocidade permitida para a via. Jackeline, na direção da caminhonete, não respeitou a placa de pare da Rua São João e causou o acidente.

As imagens capturadas pelas câmeras de segurança são fortes. Elas mostram o carro em alta velocidade atingindo o motociclista, que, com o impacto, é arremessado para o alto. O capacete se solta e ele morre na hora.

Segundos depois, algumas pessoas chegam para tentar socorrer o rapaz. Logo em seguida, uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) também chega para prestar socorro, mas constata a morte do jovem.

O carro que Jackeline dirigia é de um agricultor, que estava com ela no veículo. Imagens capturadas pelo circuito de segurança de uma distribuidora de bebidas mostram o casal comprando cerveja 15 minutos antes do acidente.

Ele sai do estabelecimento que fica na Avenida Mauá, dirigindo a caminhonete. Pouco tempo depois, ela assume o volante, como mostram as imagens cedidas pela defesa de Gilson Bataglini.

No depoimento à polícia, ele disse que os dois iriam para a casa de um amigo de Jackeline e que ela pediu para dirigir porque sabia o endereço.

Ele então sai do carro e dá a volta. Nisso, ela sai do banco do carona e passa para o do motorista. Depois disso, eles seguem para a casa do amigo de Jackeline e quando passam pela Rua São João ocorre o acidente.

Fonte | G1

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