A valorização dos profissionais da área de construção civil aumentou nos últimos anos, de acordo com um estudo da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt). Em três anos, o valor cobrado por hora para os pedreiros aumentou 16,36%, mas a qualificação dos trabalhadores não vem acompanhando esse ritmo e, por isso, falta mão de obra no estado.

Desde 2019, o salário por hora de um pedreiro custava R$19,92. Em 2022, esse valor subiu para R$23,18. O servente de pedreiro também teve uma significativa valorização, saltou de R$ 14,88 por hora, em 2019, para R$ 18,20, um aumento de 22,31%.

Apesar do crescimento do setor, ainda falta mão de obra qualificada.

Segundo o diretor regional de obras, Márcio Ferreira, a demanda intensificou esse cenário. “Pós-pandemia as pessoas buscaram moradias adequadas ao novo estilo de vida. Então, a procura proporcionou um aumento na venda de imóveis e na preparação de novos projetos para atender essa demanda”, disse.

O segmento faz parte dos que mais cresceram desde o início da pandemia, tanto para reformas quanto para novas obras. Por isso, as empresas passaram a ampliar as exigências de qualificação profissional, o que gera dificuldades para contratar os trabalhadores com esse perfil.

“A gente trabalha muito com planejamento. Isso tem que ser adequado com essa realidade”, afirmou.

Para Márcio, a saída encontrada foi mudar a dinâmica de trabalho e manter os empregados sempre ocupados em outras áreas.

“A medida que uma obra vai terminando as frentes, a gente desloca essa equipe para outra ou dá uma segurada no planejamento para aproveitar a mão de obra qualificada e não perdê-la para outras frentes de trabalho que não sejam as nossas”, contou.

A busca dos trabalhadores por qualificação não está acompanhando o ritmo do crescimento. Segundo o gerente de economia do Fiemt, Pedro Máximo, isso se deve à baixa procura dos funcionários em ampliar o repertório de qualificação.

“Esse é um dos principais problemas porque quando o trabalhador chega nesse mercado, ele não está totalmente qualificado. Se houver algum erro na infraestrutura ou no acabamento, o custo para reverter isso é altíssimo. Por isso, a necessidade de se fazer um curso de capacitação”, explicou.

Via | G1   Foto | Michel Alvim – SECOM / MT
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