• Planta em Nova Lima (MG) tem tecnologia de ponta e pretende atender à demanda do mercado interno da insulina Glargina
  • Projeto marca o início da produção de insulina pela Biomm e favorece acesso dos pacientes com diabetes ao tratamento

Com o financiamento no valor total de R$ 100 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), parte repassado pelo BDMG (R$ 26,7 milhões), a empresa de biomedicamentos Biomm inaugurou, nesta sexta-feira, 26, uma fábrica em Nova Lima (MG) para o desenvolvimento, produção e comercialização de insulina Glargina e outros biofármacos. No início deste mês, a Anvisa autorizou a Biomm a iniciar a produção da Glargina na fábrica, o que ampliará a oferta de alternativas terapêuticas para os pacientes diabéticos no país.

A cerimônia de inauguração contou com a presença do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, das ministras Nísia Trindade (Saúde), Luciana Santos (Ciência, Tecnologia e Inovação), dos ministros Fernando Haddad (Fazenda), Alexandre Silveira (Minas e Energia) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais), além do presidente do senado (Rodrigo Pacheco) e da primeira-dama (Janja Lula da Silva). Pelo Banco participou do evento o diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, José Luis Gordon.

O Diretor do BNDES explicou que uma das missões da Nova Indústria Brasil é ter um complexo industrial da saúde resiliente para reduzir as vulnerabilidades do SUS e ampliar o acesso à saúde: “Essa é a essência do Plano Mais Produção, que tem como objetivo final melhorar a vida dos brasileiros”, afirmou.

Para o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, a inauguração da fábrica da Biomm marca a retomada da produção de insulina no Brasil e se alinha à política de fortalecimento do complexo da saúde, prioridade do governo do Presidente Lula. “O projeto contou com suporte conjunto de instituições públicas voltadas ao desenvolvimento, principalmente o BNDES e a BNDESPAR, com diferentes instrumentos apoio”, explicou.

Com 12 mil metros quadrados de área construída, a unidade foi projetada para atender a rígidas normas de qualidade e terá capacidade para suprir a demanda nacional da insulina Glargina, favorecendo o acesso dos pacientes com diabetes ao tratamento. O Brasil é um dos países com a maior incidência de diabetes no mundo, com 15,7 milhões de pacientes adultos, segundo o Atlas da Federação Internacional de Diabetes (IDF).

Construída de forma faseada, a planta da Biomm deverá contemplar todas as etapas do processo produtivo da insulina, desde a confecção dos cristais de insulina (IFA), até as etapas finais, de formulação, envase e embalagem do medicamento. Com a conclusão desta primeira fase do projeto, segundo a empresa, a fábrica de Nova Lima já tem capacidade para produzir até 40 milhões de frascos e carpules (seringas) de biomedicamentos por ano, o correspondente a mais de 80% da demanda nacional. O BNDES apoia a Biomm também por meio de participação acionária da BNDESPAR.

Transferência tecnológica – Desde 2014, a Biomm tem parceria com a empresa chinesa Gan&Lee Pharmaceutical Limited, fabricante de insulina Glargina, conhecida no Brasil pelo nome comercial “Glargilin”, medicamento indicado para o tratamento de Diabetes Mellitus tipo 1 e 2, que necessitam de insulina basal (longa duração) para o controle da hiperglicemia. A parceria prevê a transferência de tecnologia de todas as etapas de produção, inclusive as iniciais, de cristais (IFA) da insulina Glargina.

Diabetes no Brasil – A Diabetes tipo 1 é uma doença autoimune que representa entre 5% e 10% do total de diabéticos do Brasil. Ela é causada pela produção insuficiente ou má absorção de insulina, hormônio que regula a glicose no sangue e garante energia para o organismo, e precisa ser tratada com injeções diárias de insulina. O Brasil é o 5º país em incidência de diabetes no mundo, perdendo apenas para China, Índia, Estados Unidos e Paquistão.

Via | Assessoria Foto | Divulgação Biomm

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