trajetória de vida de Zilmar Chaves da Fonseca, 43 anos, morador de Colniza, cidade distante 1.043 Km de Cuiabá, comprova que aproveitar oportunidade pode mudar a vida de uma pessoa. Condenado a sete anos e seis meses de prisão, foi na cadeia pública do município que ele encontrou a chance de aprender a profissão de marceneiro, de repensar o seu modo de vida e mudar os rumos da sua história. Ele foi um dos reeducandos que participaram do projeto “Urbaniza Colniza”, desenvolvido pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso em parceria com outras instituições.

Atualmente em regime semiaberto, Zilmar Chaves, conhecido no município como “Mazinho”, consegue sustentar a família fabricando móveis (veja o catálogo na galeria). “Eu tive mais uma chance na vida ao participar desse projeto. Sou muito grato pela oportunidade concedida. Não foi fácil passar seis anos na prisão, mas com muita força consegui superar as dificuldades e hoje estou aqui pronto para seguir em frente”, enfatizou. Assim como a história de vida de Mazinho, cinco anos depois do início do projeto, a urbanização da cidade também ganhou novos contornos. Com a chegada da Primavera, as mudas dos ipês plantados ao redor da feira, primeiro local contemplado com a iniciativa, floresceram e chamam a atenção da população. “Essa história é para aqueles que não acreditam na ressocialização dos condenados e nos resultados daqueles que trabalham, semeiam e cultivam ideais que podem mudar a sociedade”, destacou o promotor de Justiça idealizador do projeto, Willian Oguido Ogama. RECONSTRUINDO SONHOS – A exemplo do “Urbaniza Colniza”, outras iniciativas desenvolvidas no estado também buscam a ressocialização. Nesta quinta-feira (23), às 9h (MT), por exemplo, será lançado em Cuiabá o projeto “Reconstruindo Sonhos”. A iniciativa conta com parceria do Poder Judiciário, Governo do Estado, Defensoria Pública, Instituto Ação Pela Paz e Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Mato Grosso. O evento ocorrerá pela plataforma Microsoft Teams com transmissão ao vivo pelo canal do MPMT no Youtube.

O objetivo é fortalecer a reinserção social dos reeducandos e a redução da reincidência criminal por meio da qualificação, habilitação para o mercado de trabalho e ampliação da compreensão do sentido da vida. A coordenadora do Centro de Apoio Operacional Criminal e da Execução Penal, promotora de Justiça Josane Fátima de Carvalho Guariente, ressalta que a proposta é proporcionar à pessoa privada de liberdade uma nova perspectiva de vida.

“Além da qualificação profissional, o projeto dará ao reeducando oportunidade para que possa repensar o sentido da vida. Iniciativas semelhantes ao Reconstruindo Sonhos já são desenvolvidas em outros estados e os resultados têm sido surpreendentes, mas para que a iniciativa dê certo aqui também é necessário termos um olhar mais humanizado para esta situação”, ressaltou a promotora de Justiça.

Via | Assessoria MPMT
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