A Comissão do Polo Agrotech da União das Entidades de Sinop (Unesin) promoveu uma reunião na noite desta segunda-feira quando foram apresentadas as experiências dos polos tecnológicos e laboratórios multiusuários instalados em São Carlos (SP). A cidade paulista é um dos principais centros de tecnologia do país, sendo chamada de Vale do Silício brasileiro. Quem fez a apresentação por conferência on-line foi o chefe-adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Instrumentação, José Manoel Marconcini. Ele foi convidado pelo chefe-geral da Embrapa Agrossilvipastoril e membro da Comissão do Polo Agrotech da Unesin, Auster Farias. A iniciativa possibilitou à Comissão do Polo Agrotech da Unesin conhecer um pouco mais de experiências exitosas para embasar as definições sobre a criação do polo tecnológico em Sinop. Na abertura do encontro, o presidente da comissão e professor da Unemat, Feliciano Azuaga, destacou que o trabalho do grupo converge com interesses da prefeitura de Sinop e do Sebrae pelo desenvolvimento de espaços para estímulo à inovação na região. Em sua apresentação, José Manoel Marconcini mostrou o trabalho desenvolvido pela Embrapa Instrumentação, sempre em parceria com universidades, como a USP e Unesp de São Carlos, e com a iniciativa privada. Ele mostrou equipamentos e produtos de diversas funcionalidades na agropecuária desenvolvidos no centro de pesquisa e os modelos de trabalho adotados no Laboratório Nacional de Nanotecnologia para o Agronegócio (LNNA) e no Laboratório de Referência Nacional em Agricultura de Precisão (Lanapre). Ambos são laboratórios multiusuários e multinstitucionais, localizados dentro da Embrapa. O pesquisador destacou a importância dos modelos de parcerias, com contratos que avalizam o trabalho conjunto e compartilhado, bem como o registro conjunto das tecnologias geradas e a divisão dos royalties dos ativos tecnológicos licenciados. Marconcini ainda falou sobre o ecossistema de inovação em São Carlos, onde o primeiro polo tecnológico foi criado ainda na década de 1980. Atualmente são quatro polos na cidade, sendo um gerido pelo município e outros três pela iniciativa privada. Questionado pelo presidente da Comissão do Polo Agrotech da Unesin, Feliciano Azuaga, o palestrante destacou a possibilidade de se criar um polo tecnológico virtual, utilizando-se das estruturas já disponíveis nas instituições. “Quando se tem uma sede física, é preciso ter à disposição além da estrutura, recursos humanos para darem apoio às empresas que irão buscar a inovação e validar seus ativos tecnológicos. Muitas vezes é melhor criar um ambiente virtual e depois reunir isso numa prova de conceito ou num hub de integração”, alertou Marconcini. No fim de sua apresentação, o pesquisador da Embrapa destacou os pontos essenciais para a criação de um polo tecnológico. O primeiro é o que a Unesin já vem fazendo, que é estudar, conhecer experiências e planejar o melhor formato. Em segundo lugar destacou a necessidade de investimentos perenes e de longo prazo para que a iniciativa tenha sucesso. Além disso, é necessário agregar investidores e promover atividades como rodadas de negócio e eventos que reúnam ciência, inovação e mercado (cientistas, startups e investidores). “É preciso que os investidores coloquem equipes nos parques tecnológicos para dar suporte para as empresas que estão nascendo”, disse. O terceiro ponto foi a formação de recursos humanos, que são as pessoas que irão inovar e empreender. “Startups nascem de alunos que estudaram conosco. Bolsistas, estagiários, alunos de mestrado, doutorado e pós-doutorado”. Por fim, Marconcini elencou a necessidade de verificar a vocação da região, para assim nortear o foco de atuação do polo tecnológico. Unesin A Unesin reúne 22 entidades de diferentes setores da sociedade em Sinop (MT), entre elas a Embrapa Agrossilvipastoril. A instituição trabalha para contribuir nas decisões que afetam a economia, o desenvolvimento, a liberdade, a justiça social e a qualidade de vida dos cidadãos.
Via | Assessoria
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