Nanox publica artigo sobre material que elimina SARS-CoV-2 por contato em dois minutos
A empresa brasileira de nanotecnologia, Nanox, em parceria com pesquisadores do Departamento de Química da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF) e Universitat Jaume I (UJI), publicaram nesta quinta-feira,4 de março, o artigo intitulado “SiO2-Ag Composite as a Highly Virucidal Material: A Roadmap That Rapidly Eliminates SARS-CoV-2” no periódico internacional Nanomaterials, um dos mais conceituados do segmento de pesquisa em nanotecnologia no mundo todo. A pesquisa, em tradução para o português “Composto de SiO2-Ag: material altamente virucida: um roteiro que elimina rapidamente a SARS-CoV-2”, descreve material que inativa bactérias, fungos e vírus em poucos minutos, com destaque ao coronavírus, por contato. O co-fundador e Diretor da Nanox, Gustavo Pagotto, relata que a eficácia do material em inativar diversos patógenos já vinha sendo estudada. “A prata é conhecida historicamente como um produto antimicrobiano e com a chegada da pandemia, ultimamente, intensificamos os estudos por conta do Sars-Cov2. A relevância da pesquisa está na ação da prata em inativar, em tão pouco tempo, não só o coronavírus, mas também outros tipos de vírus, bactérias e fungos”, afirma. A publicação do artigo relata todos os procedimentos e pesquisas realizadas para obtenção dos resultados. As investigações foram feitas por meio de cálculos e simulações, utilizando métodos e técnicas avançadas da mecânica quântica. A pesquisa, recentemente, também foi destaque no relevante periódico japonês ‘Japan Journal of Medical Science’, que têm sido fundamental para o projeto e aplicação de novas tecnologias de fabricação de superfícies antivirais para combater a SARS-CoV-2. Tal estudo resultou na produção da primeira máscara de proteção contra a COVID-19 com eficácia de 99% de eliminação do novo coronavírus por contato. A tecnologia Nanox, que elimina o SARS-CoV-2 em até dois minutos de contato, também está presente no segmento de plásticos – filme PVC e polietileno para proteção de superfícies, além do segmento moveleiro e construção civil- painéis em MDF e pisos, dentre outros setores. “Temos hoje diversas superfícies protegidas e com mais segurança tanto em ambientes domésticos, como também em espaços de uso comum e compartilhado que recebem grande volume de pessoas como aeroportos, rodoviárias, hospitais e escolas. Isso mostra a relevância da pesquisa brasileira no combate à pandemia não só no Brasil, mas também em outros países”, completa o Diretor. Todos os produtos contam com eficácia comprovada no laboratório de biossegurança de nível 3 (NB3) do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP), que demonstrou ser capaz de eliminar 99% de partículas do SARS-CoV-2. Os produtos são fabricados no Brasil e comercializados por países da América Latina, Estados Unidos, Canadá, Japão e China. Cabe destacar que as pesquisas só foram possíveis devido aos aportes dos Ministérios da Ciência e Tecnologia da Espanha e do Brasil, da Generalitat Valenciana, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da FAPESP.
Via | Assessoria
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