O Sintep fez uma assembleia geral nessa segunda-feira (8), para discutir a volta às aulas presenciais. Segundo o sindicato, elas só devem acontecer depois da imunização. Neste caso, inclui-se também a proposta de aulas híbridas, com trabalho remoto e atendimento presencial de estudantes no chamado plantão de dúvidas.

O estado tem mais de 700 escolas estaduais, com 380 mil alunos e 40 mil profissionais da Educação.

Para o presidente do Sintep, Valdeir Pereira, o número de mortes é um alerta para o risco de uma contaminação entre turmas, mesmo com poucos estudantes.

“Os professores são os mais interessados na retomada das atividades, desde de que vacinados. As aulas remotas dobram o desgaste e o resultado têm se mostrado insatisfatório na relação com o estudante”, destacou.

Os profissionais pedem, ainda, que a Secretaria Estadual de Educação (Seduc) assegure a eles equipamentos e conectividade para o trabalho remoto.

Segundo uma professora da rede estadual, a Seduc exige o cumprimento da carga horária de trabalho deles nas unidades, na modalidade teletrabalho, porém sem fornecer todos os recursos e materiais necessários.

“Embora a Seduc esteja informando à sociedade de que todas as escolas estaduais estão preparadas e equipadas para iniciar o ano letivo de 2020/2021, as unidades não possuem recursos materiais tecnológicos, como computadores, para cada um dos professores, e muitos deles não têm seus próprios equipamentos. Aqueles que os possuem não são obrigados legalmente a levá-los para os seus locais de teletrabalho”, afirma a professora.

Ela também relata que, em documento enviado para os profissionais, a secretaria afirmou ter buscado junto às editoras a doação de conteúdos programáticos a serem disponibilizados à rede estadual de ensino. No entanto, os materiais impressos ainda estão em processo licitatório e só deverão estar disponíveis nas escolas no prazo de 45 dias, bem depois do início das aulas.

Outro problema abordado pela educadora é que o prazo concedido aos professores para a elaboração e entrega das apostilas aos alunos foi de 12 dias, contado a partir do dia 20 de janeiro, data em que houve a atribuição de turmas/aulas de alguns professores.

“Prazo algum foi concedido para aqueles que atribuíram no dia 5 de fevereiro, sendo que outros sequer foram atribuídos até o momento. Não pode haver alta qualidade em material pedagógico quando elaborado a toque de caixa”, conclui.

Casos de Covid-19 em MT

A Secretaria Estadual de Saúde (SES) notificou, até esta segunda-feira (8), 227.208 casos confirmados da Covid-19 e 5.334 óbitos em decorrência da doença no estado.

Entre casos confirmados, suspeitos e descartados para a Covid-19, há 290 internações em UTIs públicas e 284 em enfermarias públicas. Isto é, a taxa de ocupação está em 74,17% para UTIs adulto e em 33% para enfermarias adulto.

Dentre os dez municípios com maior número de casos de Covid-19 estão: Cuiabá (48.438), Rondonópolis (16.208), Várzea Grande (14.611), Sinop (11.879), Sorriso (9.659), Tangará da Serra (9.545), Lucas do Rio Verde (8.800), Primavera do Leste (6.811), Cáceres (5.248) e Nova Mutum (4.730).

Vacinação

Mato Grosso vacinou 60.137 pessoas do grupo prioritário da primeira fase de vacinação contra a Covid-19, conforme dados divulgados pelo Ministério da Saúde, nesta segunda-feira. A população estimada nesta fase é de 112.049 pessoas.

A Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou que desse total, 52 mil são trabalhadores da saúde. Além desses profissionais, estão sendo imunizadas pessoas idosas com 60 anos ou mais que vivem em asilos ou instituições psiquiátricas, pessoas com deficiência institucionalizadas e indígenas que vivem em aldeias.

A maioria dos vacinados são mulheres. Conforme dados do Ministério da Saúde, em Mato Grosso, são 42.148 mulheres 17.989 homens vacinados.

Via | G1

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