A atenção básica na primeira infância passa a contar com um importante reforço em Rondonópolis. Desde o início de abril, o município está desenvolvendo o programa Criança Feliz, que visa a promoção do desenvolvimento humano a partir do apoio e o acompanhamento das famílias.

Por meio do acompanhamento e triagem, com visitas domiciliares periódicas, cerca de 600 famílias serão beneficiadas, recebendo orientação e o atendimento para as suas principais demandas junto aos serviços socioassistenciais. Parceria da Prefeitura de Rondonópolis com Governos Federal, o programa integra ações coordenadas em várias áreas, como assistência social, saúde, educação entre outras.

A iniciativa é voltada para famílias de baixa renda da cidade, atendendo gestantes e crianças de até três anos de idade, beneficiárias do Bolsa Família. Ainda fazem parte do público prioritário do programa meninos e meninas de até seis anos beneficiárias do Benefício de Prestação Continuada (BPC), além daqueles que foram afastados do convívio familiar em razão da aplicação de medida de proteção prevista pela Lei de proteção integral à criança e ao adolescente. Famílias que tenham crianças na faixa etária prioritária e que em seu lar existam pessoas com dependência em alguma substância psicoativa também fazem parte do público do programa, além de crianças com baixo peso.

“Vamos trabalhar com famílias com alto grau de vulnerabilidade, apoiar a gestante na preparação para o nascimento e os cuidados perinatais, afim de que tenha um suporte para uma gestação tranquila. Além, é claro, de com este trabalho contribuir para redução da mortalidade infantil”, disse a Secretária Municipal de Promoção e Assistência Social, Marcia Rotilli, que coordena as ações desenvolvidas pelo programa em Rondonópolis.

Para alcançar as metas do programa em Rondonópolis, que foram estabelecidas pelo Ministério de Desenvolvimento Social (MDS), a prefeitura contratou 26 estagiárias, com a função de visitadores. Todas já passaram por capacitação pela equipe da Secretaria de Estado de Trabalho e da Assistência Social (Setas). “Devem, ainda, passar por mais, pois a proposta do programa é de que a capacitação seja contínua”.

A secretária explica que as estagiária desempenham um papel importante para o desenvolvimento das ações programa, que tem a previsão de visitas domiciliares semanais com a finalidade de oferecer às famílias informações, destacando a importância da interação com as suas crianças para um bom desenvolvimento infantil.

“São elas (estagiárias) que entram nas casas, conversam sobre do que se trata o programa e explicam para as famílias sobre todos os programas sociais disponíveis”, conta Rotilli, observando que irão, ainda, trabalhar com família propostas de atividades para a coordenação motora, a inteligência e o vínculo afetivo.

Todo o trabalho desenvolvido pelo “Criança Feliz” acontece através dos diversos Centros de Referências da Assistência Social (CRASs) da cidade. São eles quem recebem as informações enviadas pelo visitador e realizam os encaminhamentos necessários.

A Reserva Tadarimana

Localizada próxima a zona urbana de Rondonópolis, a Reserva Tadarimana, que ocupa uma área de 9,7 mil hectares, com uma população de mais de 600 indígenas da etnia Boe (Bororo), foi uma das primeiras regiões da cidade a receber o “Criança Feliz”.

A implantação do programa na Reserva Tadarimana foi acompanhada de outras atividades intersetoriais, desenvolvidas pelas áreas de assistência social, saúde, educação e agricultura. “Iniciamos por lá, devida a vulnerabilidade em que vivem e também para atender os esforços da administração municipal que estão sendo feitos para que os bororos tenham uma vida de melhor qualidade”, disse, Rotilli, destacando que a prefeitura vem desenvolvendo, desde o mês passado, uma série de ações para garantir que a comunidade indígena tenha direitos à saúde, educação, transporte, alimentação saudável mantidos.

“Estamos fazendo um trabalho intersetorial, que envolve ações coordenadas com a saúde, a agricultura, a educação entre outras para atender todas aldeias da reserva. Estou bastante otimista, acredito que teremos um bom resultado”, disse. Ela ressaltou que o trabalho tem sido feito respeitando a cultura da comunidade indígena. “Falamos sobre o cuidado com as crianças nos primeiros anos de vida, o convívio e a proteção familiar tudo em consonância com a cultura indígena, respeitando a cultura deles”.

Fonte | Assessoria
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