Guilherme Maluf (PSDB) recebeu 13 votos a favor e 8 contra em sessão nesta quinta-feira (21). Ele virou réu na Justiça por suspeita de participação em esquema de fraudes.

O deputado estadual Guilherme Maluf (PSDB) foi escolhido pelos outros parlamentares nesta quinta-feira (21) para ocupar o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT). Maluf, que virou réu em um processo que investiga esquemas de desvio de dinheiro, foi aprovado para o cargo com 13 votos a favor e 8 contra.

A Assembleia Legislativa (ALMT) aguardava há mais de três anos para indicar o nome do substituto.

Uma medida cautelar do Supremo Tribunal Federal impedia uma nova indicação à vaga do TCE, que era ocupada por Humberto Bosaipo, condenado no fim do ano passado por lavagem de dinheiro e desvio de recursos públicos.

Bosaipo renunciou ao cargo em 2014. A vaga, entretanto, só destravou na Justiça no fim do mês passado.

Com a aprovação dos outros deputados, o projeto de resolução com a indicação do nome de Maluf deve ser encaminhado sanção do governador.

Maluf é médico e empresário, já foi vereador de Cuiabá, presidente da ALMT e está em seu 4º mandato como deputado estadual.

Anulação de indicação

Contrário a indicação de Maluf, o Ministério Público Estadual (MPE) notificou a ALMT para que, em até 24 horas, anule o procedimento de escolha dele para o cargo.

Para justificar a ação, o MPE diz que em busca no site do Tribunal de Justiça, uma simples tentativa de emissão de certidão criminal de Maluf mostrou que ele é processado criminalmente, razão pela qual deveria ter a candidatura indeferida.

Conforme o MPE, a certidão é indispensável por traduzir comprovação da exigência constitucional de idoneidade moral e reputação ilibada para o exercício do cargo de conselheiro do TCE.

Réu na Justiça

Na semana passada, Maluf virou réu na Justiça e deve responder, entre outros crimes, por corrupção passiva e organização criminosa.

Por meio de nota, o deputado estadual Guilherme Maluf lamentou o recebimento da denúncia oferecida pelo Ministério Público sem apresentar absolutamente nenhum elemento que comprove as acusações feitas.

Em 2017, ele foi denunciado pelo Ministério Público por suspeita de liderar esquema de desvio de verba da Secretaria Estadual de Educação (Seduc), entre 2015 e 2016.

A fraude é investigada no âmbito da Operação Rêmora, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco).

Fonte | G1
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