A ordem de serviço que marca o início dos trabalhos do 8º pacote de duplicação da BR-163 foi assinada em cerimônia realizada na manhã desta sexta-feira, 18, no Posto Monte Carlo, no quilômetro 468 da rodovia, em Várzea Grande (MT). As obras da rodovia contam com o apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que aprovou no ano passado R$ 5,05 bilhões para a concessionária Nova Rota do Oeste, sendo R$ 475 milhões em financiamento direto e R$ 4,575 bilhões em subscrição de debêntures.
O projeto integra o Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC) lançado pelo Governo Federal em 2003. Serão duplicados 444 km da BR-163, que é considerada o principal corredor logístico do agronegócio brasileiro no estado de Mato Grosso. Até o momento, já foram entregues cerca de 100 km.
O lançamento do 8º pacote de duplicação da BR-163 contempla o trecho entre Várzea Grande e Rosário Oeste. A assinatura da ordem de serviço viabilizará as obras em mais 56,2 km. Além da duplicação, serão construídos três acessos, quatro pontes, um viaduto, uma passarela e 2 quilômetros de via marginal. Esta etapa tem prazo de 32 meses para conclusão. Durante o evento, também foi anunciada a implementação de infraestrutura para internet 4G em toda a extensão da rodovia e a construção da área de escape na descida Serra de São Vicente, estrutura destinada a facilitar a frenagem de veículos com problemas nos freios, melhorando a segurança da rodovia.
O BNDES foi representado pela diretora de Infraestrutura, Transição Energética e Mudança Climática, Luciana Aparecida da Costa, e pelo Superintendente da Área de Infraestrutura, Felipe Borim Villen. Luciana assinou a ordem de serviço juntamente com o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, o diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Guilherme Sampaio, e o CEO da Nova Rota do Oeste, Luciano Cunha, além de prefeitos e outras autoridades.
“Sem o BNDES, acredito que essa obra teria muito mais dificuldade para ser executada”, disse a diretora. “Lembro-me quando você, governador Mauro Mendes, foi ao BNDES conversar com o nosso presidente Aloizio Mercadante. Como a conversa foi boa e frutífera e como juntamos forças para que essa obra acontecesse. Tivemos um alinhamento claro de onde a gente queria chegar. Agradeço a parceria e espero que possamos financiar muitas outras obras em Mato Grosso”.
Segundo Felipe Borim, o projeto é “de suma importância para o desenvolvimento do país e crescimento do agronegócio brasileiro, já que mais de 20% da exportação agrícola do país é transportada pela rodovia”.
Investimentos – O crédito aprovado pelo Banco se deu por meio da linha BNDES Finem. Já a oferta de debêntures foi coordenada junto ao BNP Paribas, que também investiu na emissão. Ao todo, o projeto de duplicação dos 444 km, que abrange implementação de melhorias na rodovia, tem investimento total de R$ 9 bilhões.
Com as novas obras, todo o trecho da BR-163 sob concessão da Nova Rota do Oeste deverá estar duplicado até 2029. São 850 km, entre os municípios de Itiquira (MT) e Sinop (MT). Dezenove municípios e dois terços da população do estado serão beneficiados. Um dos resultados previstos é a redução de 35% no número de acidentes. Além disso, o tempo de viagem entre Cuiabá e Sinop deve cair cerca de 20%.
“Será uma outra vida. Você vai sair de Sinop em uma rodovia totalmente duplicada até Vargem Grande para pegar o anel viário e chegar dentro de Cuiabá. Quem imaginou isso?”, disse o governador Mauro Mendes, acrescentando que a rodovia se tornará mais segura não apenas pela duplicação, mas também devido às obras acessórias.
O CEO da Nova Rota do Oeste, Luciano Cunha, destacou a velocidade com que o projeto tem avançado. “Sabemos da urgência: nós, da equipe da Nova Rota do Oeste, somos também usuários da rodovia”, lembrou. “Estamos aqui há muito tempo e esse sentimento de urgência é nosso”.
A BR-163 transporta mais de um quinto da exportação agrícola do país (40 milhões de toneladas ou US$ 33 bilhões em 2023), escoando a produção para os portos das regiões Norte e Sudeste. As obras têm potencial para gerar 3,4 mil empregos diretos e indiretos, e mais de 2,4 mil após a implantação.

Via | Assessoria BNDES Foto Capa | Nova Rota do Sol
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