Especialista da Faculdade Anhanguera explica como reconhecer os sinais e a importância de cuidar da saúde mental no ambiente profissional
O esgotamento causado pelo excesso de trabalho tem sido cada vez mais discutido, principalmente com o crescimento de casos de burnout, síndrome reconhecida pela OMS como uma condição ocupacional caracterizada por exaustão extrema, sensação de ineficácia e distanciamento do trabalho. No entanto, um outro estado de alerta tem chamado atenção: o burnon, um tipo silencioso de esgotamento, no qual a pessoa continua produtiva, mas emocionalmente desgastada.
Diferente do burnout, em que o cansaço chega ao limite e a produtividade despenca, quem vive o burnon continua entregando resultados, mas às custas da própria saúde mental. Segundo a coordenadora do curso de Psicologia da Faculdade Anhanguera, Elaine dos Santos, esse tipo de estresse é mais difícil de identificar, tanto pela pessoa afetada quanto por colegas e líderes.
“Muitas vezes, o indivíduo está em sofrimento, mas acredita que está tudo bem porque continua entregando tudo no prazo. Ele passa a ignorar os sinais do corpo e da mente, como irritabilidade constante, insônia, ansiedade e até dores físicas. Isso é perigoso, porque pode evoluir para um burnout completo, com quadros depressivos e afastamento do trabalho”, alerta a docente.
Sinais de alerta
Tanto o burnout quanto o burnon compartilham sintomas como:
- Exaustão física e mental;
- Sensação constante de sobrecarga;
- Falta de motivação;
- Problemas de sono;
- Dores de cabeça e no corpo;
- Queda no desempenho (no caso do burnout) ou excesso de rigidez e autoexigência (no burnon).
Segundo a especialista, a grande diferença está na forma como o corpo reage:
“No burnon, a pessoa continua operando no ‘modo automático’, sem perceber o próprio limite. Já no burnout, o organismo literalmente ‘puxa o freio de mão’. Ambos os quadros exigem atenção, escuta e cuidado psicológico”, reforça.
A importância do equilíbrio
Buscar o equilíbrio entre vida pessoal e profissional é um dos principais caminhos para prevenir os dois quadros. Estabelecer limites, valorizar momentos de descanso e procurar apoio psicológico são atitudes fundamentais.
“É preciso desconstruir a ideia de que produtividade está ligada ao sacrifício constante. O verdadeiro rendimento vem quando existe bem-estar. Cuidar da saúde mental é uma forma de manter a qualidade no trabalho e na vida”, finaliza Elaine.
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