A diretoria do Sindicato dos Policiais Penais do Estado de Mato Grosso (SINDSPPEN) reuniu-se na tarde de ontem, 24 de novembro, com o secretário de Justiça (SEJUS), Vitor Hugo Bruzulato, para tratar da segurança da categoria, considerada vulnerável devido à alta periculosidade da profissão. A reivindicação principal do Sindicato é a proteção à vida dos policiais penais.A pauta emergencial foi motivada pela morte brutal de dois policiais penais em um intervalo de menos de 72 horas.

Durante o encontro, o secretário Bruzulato se comprometeu a tratar os casos ocorridos de mortes dos policiais penais em Sinop e em Várzea Grande como prioridade em suas demandas. Ele garantiu que será dada celeridade nas investigações para determinar o nexo causal.

O secretário informou que providências serão tomadas dentro do próprio programa Tolerância Zero, já estabelecido pelo Governador no interior das unidades penais – um programa que, inclusive, completou um ano de vigência nesta terça-feira (25).

Além das ações internas, o titular da SEJUS destacou que haverá um trabalho em conjunto com as outras forças de segurança pública no exterior das unidades, com o objetivo de não permitir o domínio das facções criminosas nas comunidades.

Em razão da resposta positiva dada pelo secretário Vitor Hugo Bruzulato e das garantias de atenção integral à segurança da categoria, a diretoria do Sindicato informou a retomada da visitação na Penitenciária Central do Estado (PCE) para o próximo final de semana.

A suspensão da visitação, implementada no último domingo (23), configurou-se como um ato de protesto pacífico e ordeiro. A medida foi motivada pelo luto dos policiais penais, pois o servidor integrava o quadro de plantonistas daquele dia, e teve caráter preventivo. O forte abalo emocional da equipe impedia a realização segura e adequada do atendimento aos visitantes, visando, assim, evitar conflitos. O movimento de paralisação foi encerrado após a confirmação da reunião com o Secretário, momento em que a pauta foi acolhida e as devidas providências foram firmadas.

“Nossa prioridade é a vida. Continuamos a cobrar justiça e segurança. Vamos aguardar, com atenção e rigor, o resultado das investigações enquanto monitoramos de perto a situação”, enfatizou Amaury Neves, presidente do SINDSPPEN.