Tratamento depende de orientação médica. Já o controle da dengue exige participação de todos, eliminando focos de proliferação do mosquito transmissor

Dengue e gripe são doenças que podem produzir sintomas semelhantes. Durante o mês de janeiro, o Brasil testemunhou um aumento alarmante nos casos de dengue, três vezes maior que no mesmo período de 2023. Ao mesmo tempo, no verão, as pessoas usam mais ambientes com ar-condicionado, provocando o ressecamento das mucosas e fazendo com que as gripes, comuns no inverno, também ocorram na estação mais quente do ano.  

Mas como diferenciar os sintomas de gripe e de dengue?  

O médico infectologista da Clínica da Cidade, Marco Aurélio H. Bastos, explica que as duas doenças são provocadas por vírus: o da dengue é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, enquanto a gripe se espalha pelo ar.  

Alguns sintomas ocorrem nos dois casos, como febre, dores no corpo e na cabeça. Mas há outros sintomas que são específicos e ajudam no diagnóstico clínico. 

No caso da dengue, manchas vermelhas pelo corpo, dor forte na barriga e atrás dos olhos, por exemplo. Já a gripe se caracteriza pela coriza, dor de garganta e tosse, como indica o quadro abaixo. 

Sintomas que diferenciam as doenças: 

Gripe Dengue Gripe e Dengue 
Coriza Manchas pelo corpo Febre 
Dor de Garganta Dor forte na barriga Dor de cabeça 
Tosse Dor atrás dos olhos Dor no corpo 
 Dor nas articulações  
 Pressão baixa  

No caso da dengue, os primeiros sintomas podem aparecer de quatro a 10 dias após a picada do mosquito infectado.  

“A doença pode se manifestar de maneira leve, sem sintomas, ou de forma grave, dependendo do tipo de vírus envolvido, infecções prévias pelo vírus da dengue e fatores individuais, como a presença de doenças crônicas, tais como diabetes, asma brônquica, entre outros”, afirma o infectologista da franquia Clínica da Cidade. 

Já a gripe é uma infecção respiratória também causada por vírus, o Influenza. Os sintomas duram, em média, sete dias, embora a tosse, o mal-estar e a fadiga possam permanecer por algumas semanas. 

“A diferenciação das duas doenças é crucial para o início do tratamento adequado, por isso há alguns fatores de atenção, no caso da gripe os sintomas são respiratórios, já a dengue é caracterizada pela febre alta e provoca dores nas articulações e problemas gastrointestinais na maior parte dos casos”, esclarece Marco Aurélio. 

Tratamento  

O Ministério da Saúde alerta que o tratamento da dengue é baseado na reposição adequada de líquidos e o paciente deve seguir orientação médica. A recomendação é para que haja repouso, ingestão de líquidos, além de procurar imediatamente o serviço de urgência em caso de sangramentos. Outro cuidado é nunca se automedicar. 

Como não há medicamento específico para dengue, o tratamento se concentra nos sintomas e pode incluir, por decisão médica, antitérmicos para controlar a febre e analgésicos para dor no corpo. 

Prevenção 

Com a temporada de calor e as fortes chuvas, o especialista chama a atenção para a participação da sociedade no controle da dengue. 

“Eliminar criadouros do mosquito é a melhor forma de prevenção, eliminando focos de água parada, instalando telas mosqueteiras nas portas e janelas, utilizando repelentes apropriados e hidratando-se”, ressalta. 

Vacina 

O Brasil foi o primeiro país do mundo a incorporar a vacina contra a dengue no sistema público de saúde. O imunizante, Qdenga, fabricado pela farmacêutica Takeda, aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), já começou a ser aplicado e tem uma eficácia de 80%. 

Apesar de ser recomendado para pessoas de 4 a 60 anos, neste momento, o governo priorizou a aplicação do imunizante em crianças de a partir de 10 anos e adolescentes com até 14 anos.  

A contraindicação da vacina se aplica a gestantes, lactantes e pessoas com imunodeficiência. Pessoas que tiveram dengue recentemente devem tomar a vacina somente após 6 meses. 

Sobre a Clínica da Cidade       

Referência em medicina acessível há mais de 20 anos, a Clínica da Cidade está presente em 14 Estados. Fundada em 2003, em Campinas, possui nove unidades próprias e 45 franquias em operação, modelo de expansão implementado a partir de 2018. A rede nasceu com o objetivo de oferecer consultas e exames a um preço justo, como alternativa para quem não tem plano de saúde e não quer depender do SUS. A rede conta com mais de 500 colaboradores e 2 mil médicos prestadores de serviços.   

Via | Assessoria Foto | Divulgação

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