Durante discurso em Santos (SP), presidente reforçou que todos os brasileiros e brasileiras podem ajudar a evitar a proliferação de focos do mosquito Aedes aegypti

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou todos os brasileiros a participar da luta contra a dengue. Durante discurso nesta sexta-feira, 2 de fevereiro, em Santos, ele enfatizou que o esforço de combate e prevenção à doença é tarefa de todas as esferas de governo, mas também depende do compromisso de cada um em casa.

Cada um tem a sua responsabilidade. Não é só um prefeito, não é só um governador, não é só um presidente da República. Nós, em casa, somos os primeiros a ter responsabilidade. Se tiver dengue na sua, veja se veio do vizinho ou da sua própria casa. Olhe se você cumpriu com o seu compromisso. Se você cumpriu com o cuidado que você tem com a sua família. Assim, vai ser bom para todo mundo”

Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República

“Cada um tem a sua responsabilidade. Não é só um prefeito, não é só um governador, não é só um presidente da República. Nós, em casa, somos os primeiros a ter responsabilidade. Se tiver dengue na sua, veja se veio do vizinho ou da sua própria casa. Olhe se você cumpriu com o seu compromisso. Se você cumpriu com o cuidado que você tem com a sua família. Assim, vai ser bom para todo mundo”, afirmou.

Lula lembrou que a doença é uma velha conhecida dos brasileiros e isso ajuda a que todos saibam o que deve ser feito para evitá-la. “Faz anos que a gente ouve falar de dengue. E, dengue, como é que a gente cuida? A gente pode evitar que ela apareça se o prefeito tiver cuidado de limpar a cidade, de limpar a rua. Se o povo da casa tiver cuidado de cuidar da sua casa, não deixar água empoçada. Não deixar lixo”, completou.

CENTRO – Na quinta-feira, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, anunciou a criação de um Centro de Operações de Emergências (COE Arboviroses) para combater a dengue. Segundo ela, a medida vai permitir que o Governo Federal possa atuar de forma mais ágil para organizar o sistema de saúde e ações de vigilância sanitária de forma coordenada com estados e municípios.

O objetivo do COE é elaborar estratégias de controle e redução de casos graves e óbitos. Com o acionamento, o Governo Federal passa a monitorar a situação, com ênfase em dengue e chikungunya, para orientar a execução de ações voltadas à vigilância epidemiológica, laboratorial, assistência e controle de vetores. O planejamento das ações e a resposta coordenada são feitos em conjunto com estados e municípios.

“O COE reforça a nossa capacidade de mobilização, não só das ações de vigilância, mas a rede de atenção. Também reforça a presença de outros ministérios, como no caso do combate à questão de focos em pneus, terrenos abandonados, então isso requer uma grande mobilização. O COE significa um estágio de mais estruturação para situações de emergência e para nos antecipar a locais em que novas emergências possam surgir”, resumiu a ministra.

QUADRO – Em 2024, o Brasil já registrou 243.721 casos prováveis de dengue. Destes, 103.526 foram confirmados e 140.195 ainda estão em avaliação clínica. Em todo o país, 163 mortes estão sob investigação para determinar se foram causadas pela doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Zika e chikungunya também estão sendo monitoradas pelo Ministério e as secretarias estaduais e municipais de Saúde.

O Distrito Federal, com 1.108 casos prováveis por mil habitantes (mais de 31 mil casos sob investigação), é a unidade da federação com maior incidência.  Em seguida, vêm Minas Gerais (79 mil casos, índice de 384,9 casos por mil habitantes), Acre (2,9 mil casos, com 357,1 casos por mil habitantes), Paraná (30 mil casos prováveis, sendo 264,1 por mil habitantes) e Goiás (13,8 mil casos ou 196,6 mil por mil habitantes).

CUIDADOS – O verão é um período de intensas chuvas e altas temperaturas. Essa combinação, agravada pelos efeitos das mudanças climáticas e do fenômeno El Niño, torna a época favorável para o aumento da reprodução do mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus da dengue, chikungunya e zika.

O cuidado para eliminar os focos do mosquito em casa tem de existir durante todo o ano, mas precisa ser intensificado neste período. A recomendação é não dar espaço para a proliferação do Aedes. Recipientes contendo água, grandes como caixas-d’água ou pequenos como uma tampinha de refrigerante, podem ser criadouros de larvas do mosquito. É preciso que cada cidadão esteja atento aos riscos e vistorie, semanalmente, suas casas.

Algumas medidas simples podem ser implementadas na rotina.

Confira 10 passos que ajudarão a você proteger sua família contra o mosquito vetor:

1) Tampe caixas d’água, ralos e pias

2) Higienize bebedouros de animais de estimação

3) Descarte pneus velhos junto ao serviço de limpeza urbana de sua cidade. Caso precise guardá-los, mantenha-os em local coberto, protegidos do contato com a água

4) Retire a água acumulada da bandeja externa da geladeira e bebedouros e lave-os com água e sabão

5) Limpe calhas e a laje da sua casa e coloque areia nos cacos de vidro de muros que possam acumular água

6) Coloque areia nos vasos de plantas

7) Amarre bem os sacos de lixo e não descarte resíduos sólidos em terrenos abandonados ou na rua

8) Faça uma inspeção em casa pelo menos uma vez por semana para encontrar possíveis focos de larvas

9) Sempre que possível, faça uso de repelentes e instale telas, especialmente nas regiões com maior registro de casos

10) Receba bem os agentes Comunitários de Saúde e de Controle de Endemias que trabalham em sua cidade

Via | Planalto Foto | Divulgação

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