As férias de verão são o momento do ano em que mais ocorrem viagens dentro e fora do país, e a atualização do cartão de vacinação é considerada um componente crucial para a saúde dos viajantes. Segundo o infectologista cooperado da Unimed-BH, Adelino de Melo Freire Junior, além das vacinas disponibilizadas no Programa Nacional de Imunizações (PNI), existem também imunizantes complementares, disponibilizadas na rede privada, que ampliam a proteção contra diversas doenças. “O ideal é que adultos estejam atentos ao seu cartão de vacinação e ao de suas crianças, pois as vacinas são capazes de prevenir doenças como hepatite, febre amarela, dengue, meningites, sarampo, rubéola, caxumba, difteria, tétano, entre outras, dependendo da região a ser visitada e do tipo de atividade realizada em seu destino”.

A falta de atualização do cartão de vacinação pode expor os viajantes a doenças evitáveis, especialmente em lugares onde há maior risco de transmissão. Além disso, se a viagem for para fora do Brasil, alguns destinos exigem comprovação de imunização para entrada no país. “O período de antecedência depende da vacina, mas geralmente uma a duas semanas antes da viagem são aconselháveis para garantir a eficácia”, orienta.

Em relação às crianças, o Ministério da Saúde divulgou recentemente que a taxa de vacinação aumentou consideravelmente em 2023, em comparação ao ano anterior. De acordo com a pasta, a cobertura vacinal de hepatite A passou de 73% para 79,5% entre 2022 e 2023. O primeiro reforço da pneumocócica passou de 71,5% para 78% neste ano. Já a poliomielite alcançou 74,6% de cobertura, ante os 67,1% do ano anterior.

Para o infectologista Adelino de Melo Freire Junior, os números são animadores, mas os adultos também precisam estar atentos aos reforços vacinais e lembra, ainda, que a atualização do cartão de vacinação pode ser feita em postos de saúde, clínicas privadas e farmácias. “Os imunizantes recomendados variam de acordo com o destino da viagem. Contudo, os mais comuns incluem hepatite A e B, tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), febre amarela, dengue, difteria, tétano e, agora, a Covid-19”, diz.  

Atenção especial deve ser dada aos documentos necessários para viagens internacionais, pois a depender do país visitado pode ser exigido o certificado de vacinação. No caso da febre amarela, caso o pessoa já tenha sido vacinada, é possível emitir o Certificado Internacional de Vacinação (CIVP) através do site Tirar o Certificado Internacional de Vacinação (www.gov.br). Já o Certificado de Vacinação contra a COVID-19 pode ser emitido através do ConecteSUS ConecteSUS (saude.gov.br).

Atenção às fake news

O infectologista explica que existem muitos mitos e fake news envolvendo as vacinas e que é papel do médico indicar e auxiliar na disseminação de informações, ajudando a diminuir as inseguranças e recusas vacinais, muito frequentes hoje em dia. “Os mitos fazem com que parte da população deixe de se proteger. Entre eles, a associação de vacinas a autismo tem sido desmentida cientificamente. Por isso, é crucial buscar informações confiáveis e entender que os benefícios superam significativamente os riscos potenciais. A vacinação é uma ferramenta extremamente eficaz para prevenir doenças e proteger a saúde individual e coletiva”, reforça.

Vacinas para viagens:

  • hepatite A e B
  • tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola)
  • febre amarela
  • dengue
  • difteria
  • tétano
  • Covid-19

Via | Unimed Belo Horizonte Foto | Freepik

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