O mundo está cheio de desafios e, portanto, criar uma criança mentalmente forte que seja capaz de enfrentar os obstáculos para seguir em frente em sua vida é muito importante. 

“Crianças mentalmente fortes são capazes de encarar os problemas de forma produtiva, se recuperar dos erros com positividade e enfrentar as dificuldades com competência”, diz Filipe Colombini, psicólogo parental e CEO da Equipe AT. “Desde a primeira infância, é crucial que os pais ensinem as crianças a terem regulação emocional, proporcionando situações de felicidade e alegria, mas também mostrando que sentimentos como raiva, tristeza e frustração fazem parte da vida e não devem ser negligenciados”, conclui.  

Ainda segundo o especialista, os pais devem transcender a abordagem teórica, buscando criar espaços propícios nos quais as crianças não apenas vivenciem, mas também reconheçam e comuniquem suas emoções de maneira segura e enriquecedora. Confira, a seguir, 7 dicas de Filipe Colombini para formar crianças emocionalmente fortes:

1.Cultive a educação emocional desde a primeira infância: os pais devem ensinar habilidades de regulação emocional desde os primeiros anos. “Então, desde cedo, vale incentivar seu filho a falar sobre suas emoções boas e ruins, positivas e negativas, sempre mostrando a ele que entre vocês há um espaço seguro para que ele possa se expressar sem medo sobre o que está vivendo em seu dia a dia, suas conquistas e desafios”, diz Filipe.

2. Estimule a autonomia e resolução de problemas: “Os pais devem permitir que a criança tome decisões e resolva seus problemas, respeitando sua fase de desenvolvimento”, afirma Filipe Colombini. “E a superproteção deve ser evitada, pois ela pode gerar dependência emocional; ao invés disso, é preciso que as crianças tenham espaço para a expressividade,  autonomia e responsabilidade”, completa.Vale lembrar que ambos os pais devem estar de acordo quanto às condutas educacionais que devem ser aplicadas, estabelecendo o que será permitido, o que proibir e o que negociar.

3.Dedique tempo de qualidade: “Os pais não devem estar presentes apenas nos momentos de lazer, é preciso priorizar na agenda um tempo de qualidade frequente com os filhos, envolvendo-se ativamente nas atividades diárias e nas interações com os pequenos”, diz o psicólogo. “Nestas ocasiões, é válido expor o filho a diferentes contextos sociais, estimulando sua curiosidade e criatividade”, conclui.

4.Estabeleça limites: os filhos devem saber desde muito cedo que em casa, assim como na sociedade, há limites que devem ser respeitados e, quanto antes os conhecerem, mais se sentirão seguros. “É interessante que, assim que as regras forem estabelecidas, os pais estabeleçam direitos e deveres, que poderão ser sempre negociados”, diz o especialista. 

5. Ensine por meio de exemplos: os filhos podem não dizer, mas estão atentos aos comportamentos dos pais. Dessa forma, a presença dos genitores colabora para a aquisição de bons comportamentos e sempre que envolvem os filhos em suas rotinas os ajudam sem perceber. “Este momento de aprendizado pode ser tanto uma conversa sobre um dia no trabalho quanto um convite para ver um filme ou praticar uma atividade física”, diz Colombini. “O jeito como os pais agem enriquece o conhecimento dos filhos sobre relacionamentos interpessoais e, portanto, os pais devem refletir sempre sobre seu papel de espelho na vida dos filhos”, conclui.

Mais sobre Filipe Colombini: psicólogo, fundador e CEO da Equipe AT, empresa com foco em Atendimento Terapêutico que atua em São Paulo(SP) desde 2012. Especialista em orientação parental e atendimento de crianças, jovens e adultos. Especialista em Clínica Analítico-Comportamental. Mestre Relatório de Assessoria de Imprensa Período: 15/05/2022 a 14/11/2023 Página 41 de 179 em Psicologia da Educação pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP). Professor do Curso de Acompanhamento Terapêutico do Grupo Interdisciplinar de Estudos de Álcool e Drogas – Instituto de Psiquiatria Hospital das Clínicas (GREA-IPq-HCFMUSP). Formação em Psicoterapia Baseada em Evidências, Acompanhamento Terapêutico, Terapia Infantil, Desenvolvimento Atípico e Abuso de Substâncias.

Via | Assessoria Foto | Freepik

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