O mês de novembro traz a data de conscientização dessa doença que afeta mais 537 milhões de pessoas em todo o mundo

O mês de novembro é o mês do Dia Mundial da Diabetes, data criada pela Federação Internacional de Diabetes (IDF) e pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma oportunidade para conscientizar a população sobre os riscos e a necessidade de prevenção dessa moléstia que afeta 537 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo o Atlas IDF. O Brasil é o quinto país com o maior número de diabéticos do mundo, com 17 milhões de pessoas. Estima-se que o número poderá dobrar nos próximos 15 anos. Segundo a endocrinologista do Hospital Edmundo Vasconcelos, Lia Lima, isso se dá especialmente, por conta da piora nos maus hábitos de saúde.

“Apesar da participação genética na predisposição da doença (famílias que possuem diabetes, de qualquer tipo, possuem mais chance em desenvolvê-las), a principal razão para o aumento da prevalência, em escala pandêmica, deve-se à piora dos comportamentos sociais e do estilo de vida, como a instalação do sedentarismo e do excesso de peso e dos hábitos alimentares que incluem o excesso de carboidratos e produtos industriais”, destaca a médica, ressaltando que a diabetes do tipo 2 tem sido cada vez mais diagnosticada em jovens.

A diabetes mellitus é uma enfermidade caracterizada por valores de glicose sanguíneos elevados de maneira persistente, o que se chama de hiperglicemia. Ela pode ser dividida em dois tipos principais. O tipo 1 acontece quando a insulina, hormônio responsável por regular a glicose do sangue, não é produzida pelo corpo devido a um ataque imunológico contra o pâncreas. Já o tipo 2, mais prevalente, é caracterizada por um excesso de produção de insulina secretada pelo pâncreas. Nesse caso, a insulina tem dificuldade para controlar a glicose do corpo. “A resistência à insulina não está associada apenas à diabetes mellitus, mas pode desenvolver hipertensão arterial, obesidade, esteatose hepática, formação de placas de gorduras nos vasos e complicar com outras doenças”, explica a especialista.

A diabetes também agride outros órgãos e pode provocar severas complicações. O coração, os rins, vasos sanguíneos e olhos são os mais sensíveis à toxicidade da hiperglicemia. “Entretanto, todos os órgãos do corpo estão expostos e alguns pacientes podem sofrer de maneiras particulares. Entre os piores desfechos estão o infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral, cegueira, insuficiência renal e amputações. Apesar disso, sabemos que o controle e o diagnóstico precoce reduzem drasticamente a progressão da doença”, analisa.

Um dos grandes perigos é que a diabetes não manifesta sintomas, o que atrasa busca na identificação da mazela. “O mais frequente na diabetes é não se queixar de nenhum sintoma. Sua frequência só aumenta a cada ano e o diagnóstico e tratamento precoces são essenciais para um controle eficaz da enfermidade. Dessa maneira, todos adultos devem realizar exames laboratoriais anuais de diabetes, independentemente de qualquer condição clínica”, alerta. A Federação Internacional de Diabetes (IDF) estima que cerca de metade dos pacientes com diabetes não tem conhecimento dessa condição. 

O exame de sangue pode identificar esse distúrbio. O índice de glicemia em jejum maior ou igual a 126mg/dl ou hemoglobina glicosilada maior ou igual 6,5% em dois episódios são as principais maneiras de diagnosticar. Outros métodos também podem ser utilizados. “É possível documentar a instalação da doença se o paciente tem sintomas clássicos de diabetes (perda de peso, fome, poliuria – eliminação excessiva de urina) com uma medida de glicose aleatória maior ou igual a 200mg/dl ou quando, duas horas após o teste de tolerância oral, a dosagem de glicose é mantida acima de 200mg/dl. Esses são critérios da Sociedade Brasileira de Diabetes”, afirma.

O tratamento da Diabetes Mellitus pode ser feito por meio de medicações orais ou aplicações subcutâneas. Lia Lima destaca que os mecanismos de ações das drogas têm aumentado significativamente o que auxilia no tratamento dos pacientes. “Apesar da importante necessidade medicamentosa, a participação ativa do paciente no tratamento e mudança de estilo de vida é a base para o sucesso do enfrentamento da diabetes”, finaliza.

Sobre o Hospital Edmundo Vasconcelos

Localizado ao lado do Parque do Ibirapuera, em São Paulo, o Hospital Edmundo Vasconcelos atua em mais de 50 especialidades e conta com cerca de 1.000 médicos. Realiza aproximadamente 12 mil procedimentos cirúrgicos, 13 mil internações, 230 mil consultas ambulatoriais, 145 mil atendimentos de Pronto-Socorro e 1,45 milhão de exames por ano. Dentre os selos e certificações obtidos pela instituição, destaca-se a Acreditação Hospitalar Nível 3 – Excelência em Gestão, concedida pela Organização Nacional de Acreditação (ONA) e o primeiro lugar no Prêmio Melhores Empresas para Trabalhar na categoria Saúde – Hospitais, conquistado por três anos consecutivos, 2017, 2018 e 2019. Site: www.hpev.com.br

Via | Assessoria Foto |

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