Saiba como a educação financeira e os investimentos podem ajudar.

Alcançar a estabilidade financeira é o desejo da maior parte dos brasileiros. Segundo pesquisa realizada pela fintech Onze, 74% dos brasileiros afirmam que o dinheiro é a sua maior fonte de preocupação. A insegurança em relação à vida financeira é maior do que com a família (60%), a saúde (57%) e o trabalho (44%). 

O percentual de endividados no Brasil é de 77,9%, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O dado ilustra como a dificuldade no equilíbrio das contas é uma questão recorrente no país. 

O baixo número de investidores também pode ser considerado outra consequência dessa situação. Para a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), a maioria dos brasileiros tem interesse em investir, mas a falta de dinheiro sobrando é um impedimento.

A superintendente de Educação e Informações Técnicas, Ana Leoni, afirma que ganhar mais não garante que o problema seja resolvido, sendo necessário adequar os gastos às reais necessidades. Para isso, recomenda realizar um planejamento financeiro.

Saber administrar os recursos é uma habilidade que pode auxiliar na construção de reservas financeiras, sendo possível contar com o dinheiro para despesas inesperadas ou  momentos de crise.

Educação financeira é o caminho para o equilíbrio financeiro

A educação financeira tem como propósito a administração eficaz do dinheiro, evitando gastos desnecessários e garantindo que o montante de entrada seja maior que de saída. É um consenso entre os especialistas que a falta de conhecimento na área leva a má administração dos recursos por parte da população. 

Segundo a Associação Brasileira de Profissionais de Educação Financeira (Abefin), 93% dos brasileiros nunca aprenderam a administrar o próprio dinheiro na escola e nem em casa.

O conhecimento é apontado como a base para ter o equilíbrio das contas, construir uma reserva de segurança, se livrar das dívidas e conquistar a estabilidade financeira.

Aprenda a Investir

O dinheiro economizado, quando bem aplicado, pode contribuir para o aumento dos rendimentos. Os brasileiros tendem a priorizar os investimentos seguros. De acordo com o relatório Raio X do Investidor, da Anbima, a segurança é apontada como a principal motivação para escolher as aplicações. 

A sócia e responsável pela Relação com Investidores da Paladin Realty, Celina Vaz Guimarães, explica que a aplicação em imóveis se destaca como a favorita. “Tradicionalmente, sempre foi visto como um investimento seguro, protegido de alguma forma contra a inflação e que gera valor no longo prazo. Portanto, naturalmente, esse mercado se desenvolveu ao longo dos anos.”

Por outro lado, especialistas alertam que o investimento direto em imóveis pode não ser o mais indicado. O planejador financeiro e sócio da A7 Capital, Renan Suehasu, pontua que “caso você precise do recurso, nem sempre fica fácil se desfazer de um imóvel e a venda será mais demorada”.

Mas há outras alternativas. Saber quais são os melhores fundos imobiliários para a aplicação é uma possibilidade para quem deseja investir na área, mas não quer mobilizar uma grande quantia na aquisição de um imóvel. Nesse tipo de fundo, o investidor adquire cotas que correspondem à participação no lucro de imóveis.

A Anbima aconselha analisar o perfil do investidor antes de escolher o investimento. Aqueles que priorizam a segurança em vez da rentabilidade são considerados investidores conservadores. Já os arrojados preferem correr mais riscos diante da possibilidade de obter retornos financeiros mais altos. Os moderados buscam o meio-termo entre ambos os aspectos.

Trace metas e objetivos possíveis

Estabelecer objetivos é uma forma de manter a disciplina para investir, na avaliação da Abefin. O propósito final pode ser a compra de uma casa, uma viagem ou a criação de uma reserva de emergência, por exemplo. 

Outra sugestão indicada é traçar pequenas metas até alcançar o objetivo final. Para isso, é preciso estabelecer um tempo médio para cada fase proposta. No entanto, para que todas essas etapas funcionem, o estilo de vida da pessoa precisa ser adequado à sua renda.

Use aplicativos para o controle de gastos

A tecnologia pode auxiliar no controle das contas. As ferramentas ajudam no registro das entradas e retiradas de dinheiro, evitando surpresas no final do mês. 

Com os relatórios disponíveis, é possível descobrir quais as principais despesas e, assim, buscar controlá-las. A prática possibilita maior autoridade sobre a gestão financeira pessoal, evitando dívidas e favorecendo o acúmulo de economias. Entre os aplicativos com essa funcionalidade estão: Mobills, Minhas Economias, Organizze, Money Lover e Wisecash.

Via | Assessoria Foto | Freepik

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