
Um projeto desenvolvido na Escola Municipal Nossa Senhora Aparecida, na comunidade Sapicuá, na fronteira do Brasil com a Bolívia, que fez parte de um episódio do MT Sustentável, contribuiu para que o programa fosse um dos finalistas da oitava edição do Prêmio ANA, da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico, na categoria “Comunicação – Mídia Audiovisual” com a matéria “Escolas no Pantanal superam problemas com falta de água através da captação de chuva”.
O jornalista Olmir Cividini e o repórter cinematográfico Leandro Balbino abordam a situação das escolas das redes públicas municipal e estadual, Nossa Senhora Aparecida e 12 de Outubro, respectivamente, no Pantanal Matogrossense, localizadas em área rural de Cáceres (MT) que chegavam a ficar mais de 15 dias sem aula por falta de água.
A diretora da Escola Municipal Nossa Senhora Aparecida, professora Márcia Novak, disse que o problema de água naquela região existe desde antes os assentamentos serem instalados, por ela ser geologicamente comprovada como uma área com muitas rochas calcárias, o que dificulta a concentração da água, pois ela se espalha no solo.
Márcia reconhece o apoio que a comunidade teve do INCRA, por meio do engenheiro Agrônomo Samir Curi, que desenvolveu o projeto de Cisternas.
Samir Curi, falou que estudou muito o problema de falta de água na localidade e chegou a ir ao nordeste brasileiro para se inspirar em projeto semelhantes. Em Sapicuá, Samir colocou em prática seus estudos e os recursos conseguidos. O engenheiro agrônomo orientou a comunidade escolar a construir cisternas, abastecidas pela captação de água das chuvas, por meio de calhas que a conduzem até a cisterna. Ali é feito todo controle da água captada da chuva. Samir explica que , ao contrário que muita gente pensa, a água da chuva é uma das mais puras, por ser destilada , é fácil de tratar. “É só lavar bem o telhado, as calhas e utilizar cloro e um sistema de filtragem, temos uma boa água potável. São as boas práticas de sucesso, há 10 anos temos excelentes resultados aqui”, observou Samir.
O secretário municipal de Educação, Fransérgio Piovesan , comemorou o sucesso do projeto e o envolvimento de toda comunidade escolar da escola Nossa Senhora Aparecida, engajada no projeto.
Já a prefeita Eliene, disse que este reconhecimento vem um dia após Cáceres receber um prêmio em Brasília, pela forma que o município trata as questões ambientais e faz gestão efetiva no combate às mudanças climáticas. “Este é mais um projeto ambiental que leva Cáceres para o Brasil e para o mundo. Parabéns à nossa escola, ao INCRA e ao Olmir Cividini e Programa MT Sustentável, que divulgou e deu visibilidade a este projeto que trouxe uma solução para a falta d’água”, salientou Eliene.
O Prêmio ANA tem como intuito reconhecer o mérito de iniciativas que se destaquem pela sua contribuição para a promoção da segurança hídrica, da gestão e uso sustentável dos recursos hídricos, bem como que apresentam soluções voltadas à melhoria e ampliação dos serviços públicos de saneamento básico voltado para o desenvolvimento sustentável do Brasil.
Via | Assessoria Foto | Leandro Balbino