Representante da entidade fez várias propostas para ajudar o combate aos incêndios na região, entre elas a construção de estradas e a desburocratização das autorizações de limpeza de pastagens

O Sindicato Rural de Poconé participou da reunião organizada pela Comissão de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Recursos Minerais da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) para debater sobre o incêndio que atinge o Parque Encontro das Águas, no Pantanal Mato-grossense. Na ocasião, o comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Alessandro Borges, afirmou que o fogo foi causado por descargas atmosféricas e é resultado de uma situação de aquecimento global e mudanças climáticas. Segundo ele, está sendo feito o possível para combater as chamas, mas os locais atingidos são inacessíveis.

O encontro aconteceu nesta terça-feira (24), na AL, e entre as propostas apresentadas pelo sindicato está a criação de um projeto que garanta o ressarcimento dos valores investidos pelos produtores rurais e ribeirinhos no combate às chamas, a celeridade da aprovação dos projetos de limpeza de pastagens em tramitação na Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) e ainda investimentos na construção e manutenção de estradas.

A advogada Daniela Campos foi a representante do sindicato e afirmou que toda a região está mobilizada no combate. Ele relatou que os bombeiros estão realizando os trabalhos de forma criteriosa, mas não conseguem chegar nos focos de calor porque não existem estradas de acesso e, quando elas estão lá, estão intransitáveis.

Outro ponto defendido pela advogada foi a criação de uma lei para ressarcimento dos valores gastos por produtores rurais e ribeirinhos no combate ao fogo. Os moradores da região aplicam recursos no aluguel de maquinários, óleo diesel, operadores de máquina e alimentação e pouso para as equipes. Contudo, esses valores não são ressarcidos.

 “Temos casos de pessoas que gastaram os recursos reservados para limpeza de pastagens e outras ações necessárias nas propriedades, sendo que algumas têm apenas com criação de subsistência. Valores que fazem falta em uma região empobrecida, como a do Pantanal atualmente. Além do que, a obrigação de apagar o fogo é do governo. Os pantaneiros vão continuar ajudando, mas a compensação seria um incentivo”, argumenta.

Para concluir a fala, a representante do sindicato apontou a limpeza de pastagens como um recurso para reduzir os incêndios, uma vez que tiram o material lenhoso, que vira combustível em caso de incêndio florestal. Porém, esclarece a advogada, a ação preventiva precisa de uma autorização de Sema e este documento tem um processo moroso e burocrático para ser expedido, o que dificulta a criação de animais no local e ainda favorece a proliferação do fogo.

O incêndio no parque começou no começo do mês e desde então está sendo acompanhado e combatido pelos bombeiros, brigadistas e produtores rurais. O avanço das chamas preocupa políticos e ambientalistas, mas o comandante do Corpo de Bombeiros assegurou que o que é possível fazer, está sendo feito.

Via | Assessoria Foto | Divulgação

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