Evento segue até sexta-feira (27) discutindo inovação para o desenvolvimento sustentável

Nesta terça-feira a 17ª edição do Encontro Nacional do Fórum Nacional de Gestores de Inovação e Transferência de Tecnologia (Fortec) prosseguiu com suas atividades no Centro de Eventos do Pantanal, em Cuiabá.

O evento ocorre simultaneamente com a 8ª edição do Congresso Internacional do Mestrado Profissional em Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação (ProfNit) e a 13ª edição do ProspeCT&I.

O segundo dia de debates e discussões foi marcado por mesas-redondas abordando temas como bioeconomia, financiamento, métricas e o Marco Legal da Ciência, Tecnologia e Inovação, e também por apresentações orais sobre gestão da propriedade intelectual e transferência de tecnologia na parte da manhã e marcas, indicações geográficas, estudos bibliométricos e prospecções tecnológicas na parte da tarde.

BIOECONOMIA

No período da manhã, o evento recebeu uma discussão sobre os avanços e desafios dos processos que envolvem inovação e transferência de tecnologia na interface e no âmbito da Bioeconomia

Participaram da discussão o diretor de Inovação e Transferência de Tecnologia da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Antonio Martins de Oliveira Junior; o diretor da Agência de Inovação Tecnológica da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), Celson Pantoja Lima; o gerente de Gestão do Núcleo de Inovação Tecnológica da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Márcio Cota; e a diretora de Inovação da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPem), Patrícia Toledo. A mesa foi mediada pela presidente da Comissão Acadêmica Nacional do ProfNit, Tatiane Balliano.

MARCO LEGAL DA CT&I

Cinco anos após o Decreto nº 9.283/2018, que integrou o Marco Legal de Ciência, Tecnologia e Inovação, junto com a Emenda Constitucional nº 85/2015 e a Lei nº 13.243/2016, os palestrantes debateram o que necessita ser feito para consolidar e aperfeiçoar a aplicação do Marco.

A mesa-redonda ‘Sistema Nacional de CT&I: O que falta para o Marco Legal pegar?’ contou entre seus debatedores com a CEO na Wylinka, Ana Calçado; o coordenador da Consultoria Jurídica da União em São José dos Campos (CJU/SJC), Carlos Freire Longato; a coordenadora de Parcerias Estratégicas da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Debora Carvalho; e o coordenador-geral de Mecanismo de Apoio à Inovação no Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), José Afonso. A mesa foi moderada pelo presidente do Fortec, Gesil Amarante.

FINANCIAMENTO DA INOVAÇÃO

Uma das mesas-redondas desta terça-feira, intitulada ‘Financiamento da inovação no Brasil’, discutiu as principais estratégias e obstáculos no cenário de financiamento da inovação no Brasil, destacando iniciativas governamentais, investimentos privados e parcerias para impulsionar a pesquisa, desenvolvimento e empreendedorismo inovador no País.

A mesa contou com o diretor presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio Grande do Sul (Fapergs), Odir Dellagostin; o superintendente da Área de Inovação 4 da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), William Rospendowski; e Emanuela Dias, da Secretaria de Educação Superior (SESu) do Ministério da Educação (MEC). O debate foi mediado pelo vice-presidente do Pelotas Parque Tecnológico (Tecnosul) e diretor do Fortec, Vinícius Campos.

“O Ministério da Educação não trabalha com financiamento, mas, sim, com investimento e fomento em inovação de universidades”, lembra Emanuela Dias, que abordou os investimentos que o Ministério tem feito a partir da vitrine inicial do MEC Tecnologias, uma plataforma que será lançada até dezembro. “Este portal, que será lançado a partir da aprovação com o ministro Camilo Santana e gestado pela secretária de Educação Superior, Denise Pires de Carvalho, vem justamente para contribuir com os núcleos de inovação tecnológica, reunindo, em uma única plataforma, todos os dados e informações de propriedade intelectual desenvolvidos pelas universidades, onde poderemos criar e fortalecer uma ponte entre o mercado e a universidade, facilitando, assim, a transferência de tecnologia”, explica Emanuela.

Ao final, foi exibida uma mensagem em vídeo da ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, que reforçou a necessidade de estreitar os laços entre o Ministério e as universidades na área de financiamento da inovação.

MÉTRICAS COMO SUBSÍDIOS

Já no período da tarde, a mesa ‘Métricas como subsídios às políticas de inovação’ contou com a vice-presidente do Fortec e professora titular da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar-SP), Ana Lúcia Torkomian; coordenadora de Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia no MCTI, Denise de Almeida Pereira; e o auditor federal de Finanças e Controle da Controladoria-Geral da União (CGU), Marcos Candido de Paula Rezende. O coordenador do Parque Tecnológico de Mato Grosso, Rogério Alexandre Nunes dos Santos, foi o responsável pela mediação. O MCTI, a CGU e o Fortec têm desenvolvido pesquisas relevantes sobre as atividades dos Núcleos de Inovação do Brasil, e esta mesa-redonda discutiu como estes dados podem subsidiar políticas públicas em ciência, tecnologia e inovação no Brasil.

A coordenadora de Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia no MCTI, Denise de Almeida Pereira, explica que as métricas são importantes para subsidiar as políticas públicas porque corroboram as ações tomadas. “Elas são base para a implementação, para formulação e até para a avaliação das políticas. Se não tivermos métricas, como também indicadores, informação de qualidade, não conseguimos fazer uma boa política”, afirmou Denise.

O segundo dia foi finalizado com reuniões de cada uma das cinco coordenações regionais.

PRÓXIMOS DIAS

Ao todo, serão mais de 15 painéis de discussão no decorrer da semana, com participantes do Brasil e da América Latina. Casos de sucesso no desenvolvimento de tecnologias inovadoras sustentáveis como o algodão 100% rastreável, inovação pioneira no Brasil; o desenvolvimento de produtos de saúde e cosméticos a partir da biodiversidade brasileira serão apresentados além da exposição de boas práticas na gestão da inovação nas sessões do exclusivo ‘Conte-me algo que não sei’.

Amanhã, quarta-feira (24), serão realizadas três mesas-redondas. Na parte da manhã, ‘Inovação como ferramenta para o desenvolvimento sustentável, às 8 horas, e ‘Oportunidades em políticas públicas de inovação: Como o Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT) pode prospectar e apoiar’, às 11 horas. Às 14 horas será a mesa ‘Novas ações para a inserção dos NIT no ecossistema de inovação’.

Casos de sucesso no desenvolvimento de tecnologias inovadoras sustentáveis, como o algodão 100% rastreável, inovação pioneira no Brasil, e o desenvolvimento de produtos de saúde e cosméticos a partir da biodiversidade brasileira serão apresentados além da exposição de boas práticas na gestão da inovação nas sessões do exclusivo ‘Conte-me algo que não sei’, às 15h30.

Às 15h30 também ocorre reunião plenária da Comissão Acadêmica Nacional (CAN) e da coordenação dos pontos focais do ProfNit.

Às 17h50 teremos o pitch invertido, com a apresentação de demandas do governo, sociedade e academia.

A programação completa pode ser acessada clicando aqui.

O EVENTO

Organizado pelo Fórum Nacional dos Gestores de Inovação e Transferência de Tecnologia (Fortec) e pelo seu programa de pós-graduação, o ProfNit, as atividades ocorrem no Centro de Eventos do Pantanal e têm como anfitriões locais o Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) e a Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat).

Segundo Gesil Amarante, presidente do Fortec, “o Brasil tem buscado responder aos desafios globais através da sua capacidade de criar e adaptar-se às demandas crescentes, por meio de ações junto a sua sociedade e por meio de cooperação internacional visando a criação de soluções certeiras e sustentáveis. Como os desafios são complexos, muitas das soluções perpassam pela Ciência, Tecnologia & Inovação que combinam esforços da pesquisa científica, o desenvolvimento tecnológico e a sua incorporação ao processo produtivo, gerando maior valor agregado aos seus produtos e melhoria na qualidade de vida de sua população”.

A reitora da Unemat, Vera Maquêa, assegura que discutir a inovação e a transferência de tecnologia é extremamente importante para a Universidade, considerando que o foco da discussão é o desenvolvimento sustentável, um compromisso da Unemat. “A discussão deste evento é de suma importância, que acolhe autoridades do Ministério da Saúde, do Ministério da Educação, do Ministério da Ciência e Tecnologia e também das instituições que participam conosco, principalmente das quatro universidades públicas do nosso Estado, a Unemat, a Universidade Federal de Rondonópolis, a Universidade Federal de Mato Grosso e o Instituto Federal de Mato Grosso”, explica Vera. “São instituições comprometidas com ações conjuntas para o desenvolvimento da inovação, da ciência e da tecnologia”, enfatiza a reitora.

Para Jaqueline Albino, técnica da Unemat e diretora do Fortec, “as mudanças climáticas e as consequentes catástrofes naturais que já afetam o planeta estão alertando para a importância do meio ambiente e a melhor ocupação do espaço. Considerando que o uso de recursos naturais ainda é uma prática intensa, particularmente no Brasil, urge fomentar a utilização racional desses recursos” afirma, destacando que “as novas ideias, os novos produtos e modelos de negócios precisam basear-se em ações sustentáveis em todos os aspectos: ambiental, econômico e social”.

Saiba mais em fortecprofnit.com.br

Via | Assessoria Fotos | Divulgação

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