Simpósio Abrahct durante a MFB pretende chamar a atenção para a importância de hospitais e clínicas de transição

A Medical Fair Brasil abre suas portas para a Associação Brasileira de Hospitais e Clínicas de Transição (Abrahct), que além de um estande institucional, realizará na feira a terceira edição de seu simpósio anual, aberto a todos que desejam saber sobre esse mercado em ascensão.

Fundada em 2020, a Abrahct representa e congrega as instituições que atuam no cuidado a pacientes que se recuperam de enfermidades agudas e ainda não estão aptos para retornarem para casa. Utilizando equipes multidisciplinares especializadas em programas de recuperação e reabilitação, apoiam familiares e cuidadores em um momento de alta demanda de cuidados.

Frederico Berardo, presidente da entidade, conta que ainda existe uma dificuldade em entender o trabalho de uma clínica de transição. “Temos feito avanços significativos nesse sentido, mas é um setor ainda jovem e pouco conhecido, pois a maioria das clínicas surgiu nos últimos 6 ou 7 anos no Brasil. Hospitais, médicos e a população em geral têm dificuldade em entender ou, em alguns casos, nem mesmo conhecem o trabalho que realizamos. Por isso, uma das principais funções da associação é a divulgação e a educação nesse sentido.”

Justamente por isso, a principal expectativa da Abrahct na MFB é ampliar a visibilidade do setor. “É um enorme privilégio poder fazer parte de uma feira tão conceituada como a MFB, uma das maiores do mundo no setor médico-hospitalar, que ocupa um espaço tão importante no mercado. A MFB tem tudo para aumentar a credibilidade já conquistada pela Abrahct”, salienta.

Simpósio

O Simpósio Abrahct, que será realizado no dia 28 de setembro, das 15h às 19h, será um encontro para reforçar os objetivos e as tarefas da entidade como representante da maioria das clínicas e hospitais de transição do Brasil. “É a oportunidade para apresentar o setor a outros segmentos da saúde suplementar e o momento ideal para a troca de experiências entre os associados”, expõe Berardo.

Serão discutidos 4 macrotemas: “Saúde não tem preço, mas os recursos são finitos”, “Reflexões sobre regulamentação do setor”, “Bases Iniciais de Construção da Tabela Abrahct; e “Critérios de Elegibilidade de Transição”. A Abrahct tem concentrado seus esforços nestas quatro áreas, consideradas prioritárias.

Sobre o primeiro tema, Berardo comenta que os custos da assistência à saúde suplementar no Brasil estão em constante crescimento, e é importante que encontremos maneiras de administrá-los de forma mais eficaz, evitando que recaiam sobre o consumidor final. “O alto custo, a ineficiência e o uso inadequado dos recursos precisam ser abordados, e todos os atores do sistema de saúde devem se preocupar em oferecer soluções para esse desafio”, declara.

A respeito da regulamentação, Berardo diz que é preciso criar uma legislação específica para a área de transição. “Embora haja algumas portarias ministeriais dentro do Sistema Único de Saúde, ainda não temos uma legislação clara e apropriada para regular a prática da medicina de transição na saúde suplementar. Isso é necessário para garantir clareza sobre os requisitos que os novos participantes precisam atender e as regulamentações que devem seguir”, explica.

A discussão sobre a tabela de preços está diretamente relacionada à questão dos critérios de elegibilidade. É necessário definir quais pacientes podem ser atendidos pelo sistema de transição, quais são os perfis ideais e quais diagnósticos e condições clínicas se enquadram nesse contexto.

Segundo Berardo, essa clareza é essencial, pois mesmo as operadoras de saúde, que compreendem a função dessas clínicas, ainda têm dificuldade em determinar o destino correto para cada paciente: alta hospitalar, transição ou atendimento domiciliar.

“É importante observar que o setor de atenção domiciliar, como o home care, já possui uma tabela própria em uso, chamada Tabela Nead, que é reconhecida pelas operadoras para classificar a complexidade do atendimento ao paciente. Precisamos atingir esse nível de clareza e padronização nas clínicas e nos hospitais de transição, tendo um instrumento de medida amplamente aceito por todos os envolvidos no sistema”, salienta o presidente da Abrahct.

Já a escolha dos palestrantes do Simpósio foi baseada em critérios de referência e expertise reconhecida no mercado de saúde suplementar, bem como em proximidade ou familiaridade com o setor de clínica de transição. “Optamos por convidar profissionais que já foram participantes desse setor ou que têm acompanhado sua evolução ao longo do tempo”, conta Berardo.

Para ele, é fundamental trazer pessoas do mercado que possuam um profundo conhecimento e experiência para contribuir com as discussões e os debates. “Embora seja importante discutir entre nossos pares e associados, também valorizamos a perspectiva daqueles que estão ativamente envolvidos no mercado. Isso nos ajuda a compreender como somos percebidos pelo mercado e a receber feedbacks valiosos.”

O Simpósio é voltado para profissionais de saúde em geral, instituições, operadoras, hospitais, associações do setor e médicos, bem como todos aqueles que atuam no mercado, independentemente de estarem ou não envolvidos no segmento de transição, já que aborda temas relevantes em diversos campos.

A intenção da Abracht é, no futuro, expandir o alcance e realizar eventos direcionados também para o público em geral, ou seja, os consumidores finais. “Reconhecemos que os pacientes e seus familiares precisam de informações sobre o que é feito nas clínicas e nos hospitais de transição, qual é o propósito e a importância desses serviços para o paciente. Embora os consumidores finais já possam participar do evento se desejarem, nossa meta é criar momentos específicos que alcancem diretamente esse público”, revela Berardo.

Papel relevante

O setor de clínicas e hospitais de transição desempenha um papel de extrema importância no ecossistema da saúde, principalmente no contexto da saúde suplementar, embora a intenção seja expandir para atuação no Sistema Único de Saúde. Sua relevância é fundamentada em duas linhas principais:

1) Oferecer o tratamento certo no momento certo e no local certo: Um dos aspectos cruciais é proporcionar aos pacientes o tratamento adequado no momento apropriado. Há situações específicas na jornada de cuidados de saúde em que as clínicas e os hospitais de transição podem atender às necessidades dos pacientes de maneira única. Isso inclui serviços de reabilitação após a alta hospitalar, cuidados paliativos humanizados e próximos do paciente, reduzindo o desconforto e o sofrimento. 

2) Redução significativa de custos: Outra dimensão fundamental é a economia. O custo de um paciente em uma clínica ou hospital de transição é consideravelmente menor em comparação a uma internação hospitalar tradicional, com reduções entre 50% e 80%. Isso se torna ainda mais importante em um momento em que o sistema de saúde suplementar enfrenta desafios, como altas taxas de sinistralidade e custos médicos elevados. A eficiência e a redução de custos oferecidas pelas clínicas e hospitais de transição colaboram para a sustentabilidade do sistema de saúde.

INSCRIÇÕES PARA O SIMPÓSIO AQUI

Medical Fair Brasil 2023

Quando: de 26 a 28 de setembro

Local: Expo Center Norte, São Paulo (SP)

Horário: das 11h às 20h

Acesse a comercialização de espaços clicando aqui.

Mais informações: www.medicalfairbrasil.com.br

Via | Assessoria Foto | Divulgação

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