Cleber Rasia Machado não aceitava que o filho tivesse amizade com homossexuais, segundo a polícia. O crime ocorreu em 2021. Outras duas pessoas também foram alvos dos disparos no dia do crime e sobreviveram.

Cleber Rasia Machado, de 41 anos, acusado de matar a tiros um amigo do filho em um centro de umbanda, foi julgado pelo júri popular, nessa quarta-feira (16), em Rondonópolis, e condenado a 48 anos e dois meses de prisão. O crime ocorreu em 2021 e o julgamento chegou a ser marcado no mês passado, mas foi adiado para que mais testemunhas pudessem ser ouvidas.

Ele responde pela morte de Victtor Cauã Bianchini Silva, de 17 anos, amigo do filho dele. Além da tentativa de homicídio contra outras duas pessoas.

O caso foi apontado, a princípio, como intolerância religiosa, mas no decorrer da investigação da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), a motivação do crime se revelou como homofobia.

O acusado não aceitava que o filho tivesse amizade com homossexuais, segundo a polícia. Pouco depois de entrar no centro religioso e efetuar os disparos de arma de fogo, ele fugiu para Iepê (SP), onde foi preso após passar um tempo foragido.

Victtor Bianchini, de 17 anos, (à esquerda) foi morto a tiros e Leonardo Rodrigues (à direita) foi socorrido com ferimentos — Foto: Divulgação

Victtor Bianchini, de 17 anos, (à esquerda) foi morto a tiros e Leonardo Rodrigues (à direita) foi socorrido com ferimentos

Relembre o caso

No dia do crime, Victtor Cauã Bianchini Silva, de 17 anos, foi encontrado baleado, já sem vida, dentro do centro espírita que frequentava.

Além dele, outras duas pessoas que estavam na casa foram alvos dos disparos, mas apenas Leonardo Rodrigues da Silva, de 21 anos, foi atingido.

Leonardo era o responsável pela realização dos cultos religiosos e foi atingido por três disparos, sendo socorrido e encaminhado para o hospital. Ele passou por cirurgia e conseguiu se recuperar bem.

A casa espírita era frequentada pelo filho do suspeito, de 13 anos. No entanto, no dia do crime, o menino não estava no local. O suspeito, que é caminhoneiro, fugiu logo depois.

A delegada Karla Peixoto Ferraz disse que ficou comprovado por meio de depoimentos de testemunhas e laudos da perícia, que as vítimas foram surpreendidas pelo suspeito e não tiveram chance de defesa.

Via | G1  Fotos | Reprodução
 
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