Doença causada pela umidade e atrito da pele pode provocar coceira, vermelhidão e desconforto

Pele avermelhada e coceira são os principais indicadores de que há algo de errado na pele. Uma das doenças mais comuns que atingem a epiderme, apesar de ter um nome diferente, é bastante popular entre as pessoas. A chamada intertrigo é uma inflamação que pode ocorrer em diversas idades, mas é mais comum em bebês.

Doenças de pele como essa podem tirar o sono de muita gente, mas quem mais sofre com a condição são os pais que precisam lidar com os sintomas constantes que comprometem, inclusive, a qualidade de vida da criança.

Mas apesar de ser uma doença desagradável, o intertrigo tem solução e tratamento eficaz. Por esse motivo, é importante estar atento aos tipos e sintomas da condição, para tomar as medidas adequadas antes que ela cause mais desconforto aos bebês e suas famílias.

O que é e quais são os tipos de intertrigo? 

Segundo o Ministério da Saúde, o intertrigo é uma inflamação de pele causada pelo atrito e acúmulo de umidade, atingido frequentemente as dobras cutâneas, nuca, virilha, regiões axilares, inframamária e interdigitais.

Importante destacar que o intertrigo por si só não é uma infecção, e sim uma condição inflamatória que atinge a pele. No entanto, em alguns casos, a doença pode levar a uma infecção fúngica ou bacteriana.

Isso porque, em algumas situações, a condição gera um ambiente propício para a proliferação de fungos e bactérias, o que acaba resultando em uma inflamação e uma erupção visível. A infecção pelo fungo Candida auris, o mesmo da candidíase, é a mais comum.

Mas há também, outros tipos de intertrigo que servem para classificar a condição no paciente. O agudo é quando a inflamação apareceu recentemente; o recorrente se refere aos pacientes que apresentam a doença de forma rotineira; o crônico é usado para classificar os casos que duram mais de seis meses; o simples é quando não há infecção e, por fim, a dermatite de fralda, usada para se referir à condição que atinge bebês.

Conheça os sintomas

Os sintomas da doença costumam variar de acordo com a severidade do quadro ou o tipo de inflamação. Segundo o Ministério da Saúde, é comum surgir inicialmente uma coceira na parte do corpo afetada e, caso não seja tratada, pode evoluir e trazer outros sintomas, como vermelhidão, desconforto e feridas na pele.

Em casos de infecção, os pacientes podem apresentar também protuberâncias com pus, mau cheiro e elevações com texturas diferentes na pele. Ao perceber os primeiros sinais de intertrigo, é importante procurar a ajuda de um médico especialista para orientar o tratamento adequado e minimizar os riscos de complicações ou infecções.

Por que essa doença é mais comum em bebês?

A doença atinge todas as idades, mas é mais comum em bebês. Isso ocorre porque os pequenos possuem a pele mais delicada e geralmente acumulam mais umidade na pele, devido ao uso constante de fralda.

Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, a incidência da condição também chamada de dermatite da fralda é estimada entre 7% e 35% das crianças, com pico entre 9 a 12 meses de idade. Nos bebês, o intertrigo costuma afetar mais nas nádegas, região da virilha, entre as dobras do pescoço e nas dobras dos braços e pernas.

Apesar da incidência ser maior em bebês, a condição também afeta de forma frequente pessoas obesas, com diabetes e sistema imunológico enfraquecido. Também é importante destacar que quem usa talas, cintas, próteses de membros artificiais e é exposto a altas temperaturas e umidade também apresenta mais propensão para desenvolver essa inflamação.

Como funciona o tratamento 

O tratamento para o intertrigo pode variar de acordo com o tipo da doença e sintomas do paciente. De acordo com uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de Santa Catarina, o médico pode prescrever pomadas corticoides, antifúngicos e antibióticos.

Além do uso desses medicamentos, os especialistas podem indicar algumas práticas para que a condição não volte a aparecer. É importante evitar o uso prolongado de roupas molhadas ou suadas em ambientes quentes e úmidos. No caso dos bebês, saber escolher a fralda e mantê-los sempre limpos, principalmente no calor, é uma das formas de evitar o surgimento da inflamação.

Atualmente, o mercado voltado para o público infantil tem investido em fraldas com uma absorção maior e uma camada externa mais resistente para evitar o contato da umidade com a pele do bebê. Segundo o D’Or mais Saúde, os pais conseguem encontrar modelos com alta capacidade de conter líquidos, tripla proteção e opções que garantem mais flexibilidade para a criança.

O uso dessas fraldas e a adoção de práticas de higiene podem ajudar a diminuir os riscos do bebê apresentar intertrigo.

Via | Assessoria  Foto | Freepik
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