Primeiro trecho de duplicação é de 86 quilômetros. Não há intervenção na pista principal durante o trabalho, segundo a concessionária.

As obras de duplicação da BR-163, que liga os estados de Mato Grosso e Pará, foram retomadas nesta semana, após anos de entraves e alto número de acidentes devido à falta de segurança e fiscalização ao longo da rodovia. A ação começou no km 507, em Diamantino, a 209 km de Cuiabá, e deve seguir até Nova Mutum, a 269km da capital, com previsão de 86 quilômetros de pista. Segundo a concessionária Nova Rota do Oeste, não há intervenção na pista principal durante a duplicação.

A ordem de serviço foi assinada em 1º de julho deste ano, em Nova Mutum, com a previsão de investimento de R$ 618 milhões.

Para o segundo ano de obra, está prevista a conclusão dos serviços até Nova Mutum, construção de duas pontes, sendo uma sobre o Rio Arino e outra sobre um afluente, e mais dois viadutos no km 572 e no km 592, já em Nova Mutum.

O contrato para a concessão das obras foi assinado há 10 anos entre a concessionária Rota do Oeste e o governo. As obras para a duplicação de 453, dos 855 quilômetros de rodovia, começaram em 2014, com prazo de 30 anos para conclusão. Em 2021, apenas 125 km tinham sido duplicados.

Todas as obras deveriam ter sido finalizadas em 2019, mas foram interrompidas em 2016 devido a uma negativa de financiamento. De 2015 a 2022 a concessionária arrecadou R$ 2,9 bilhões em pedágios ao longo da rodovia.

No contrato firmado entre o governo federal e a Rota do Oeste, foi estabelecido um investimento de R$ 4,6 bilhões, sendo R$ 2,3 bilhões somente para a duplicação, o que não ocorreu.

 BR-163 é marcada por alto número de acidentes e falta de fiscalização — Foto: Reprodução/TV Morena

BR-163 é marcada por alto número de acidentes e falta de fiscalização — Foto: Reprodução/TV Morena

Com a paralisação das obras, não houve efetiva fiscalização na região, o que resultou em um extenso número de acidentes na rodovia. A BR-163 é a principal linha responsável pelo tráfego pesado da produção do agronegócio do estado e cerca de 70 mil veículos passam pela rodovia diariamente.

Em 2021 a concessionária que administrava BR-163 em MT propôs que outra empresa assumisse obras na rodovia. Os trabalhos foram concluídos no trecho da divisa com Mato Grosso do Sul, restando apenas os 28 quilômetros de rodovia na região metropolitana de Cuiabá e o trecho norte, entre Diamantino e Sinop, de aproximadamente 300 quilômetros.

De acordo com o governo, já foi estabelecido um cronograma com base técnica que considera os pontos com maior número de acidentes e pior fluidez no tráfego, definindo trechos prioritários com uma projeção de que 84 quilômetros de pistas duplicadas sejam entregues até maio de 2024.

Recuperação da pista

Em maio deste ano, foram iniciadas as obras de recuperação da BR. O investimento é de R$ 1,6 bilhão, em dois anos.

A recuperação acontece nos seguintes trechos:

  • Imigrantes – km 495,5 ao km 524 da BR-070 – R$ 33 milhões
  • Cuiabá /Jangada – km 434,4 ao km 502,7 da BR-364 – R$ 49 milhões
  • Jangada/Rosário Oeste – km 502,7 ao km 543,5 da BR-364 – R$ 37 milhões
  • Nova Mutum / Lucas do Rio Verde – km 603 ao km 693 da BR-163 – R$ 44 milhões
  • Lucas do Rio Verde / Sinop – km 693 ao km 855 da BR-163 – R$ 48 milhões

Via | G1   Foto destaque | Nova Rota do Oeste

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