De acordo com as vítimas, o suspeito aplicava o golpe desde 2022. Ele abordava as pessoas pedindo fundos para ajudar a comunidade.

Um homem foi denunciado à polícia após se passar por pastor da Igreja Evangélica de Confissão Luterana em Rondonópolis, para tirar dinheiro de fiéis e de empresas vizinhas da comunidade. Segundo a Polícia Civil, o boletim de ocorrência foi registrado no dia 11 de maio, quando os membros do culto foram informados sobre a situação.

A igreja informou, em nota, que “muitas pessoas estão contribuindo, acreditando tratar-se de uma pessoa da igreja”. O suspeito pratica o golpe desde o ano passado.

Membros da IECLB informaram que ele nunca foi membro da igreja e que nunca atuou como pastor, já que para exercer o cargo, oficialmente, é necessário ser formado em teologia.

“Ficamos sabendo da situação quando as pessoas dessas empresas vieram nos contar que ele ficava pedindo dinheiro em nome da igreja. O homem se apresenta para as pessoas com um cartão de visitas que contém um CNPJ [Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica], de uma associação que nós nem sabemos se existe. Ele nunca frequentou a nossa igreja, então não tem como termos tido acesso a esse dinheiro que ele arrecadou”, contou.

De acordo com as vítimas, o suspeito chegou a receber quantias em dinheiro que variam entre R$ 50 e R$ 300. Aos fiéis, ele informava um endereço que dizia ser de uma igreja que ele estava se hospedando, mas o local foi dado como inexistente, pois o número da casa não foi encontrado no registro da cidade.

“Ele tem uma lábia muito boa, que consegue enganar as pessoas com facilidade. Ele chegava falando um nome que nem sabemos se é real ou não. Vimos que ele fazia vídeos muito genéricos para o YouTube, falando sobre motivação e livros da bíblia, mas nunca falava a passagem e nem se aprofundava no assunto, sempre era muito superficial, e acredito que ele fazia isso para ajudar na enganação”, explicou.

A igreja disse que já avisou os fiéis sobre o falso pastor e pediu para que quem foi lesado pelo suspeito também registre um boletim de ocorrência.

A Polícia Civil informou que investiga o caso.

Via | G1   Foto | Arquivo
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