Se imaginarmos uma sala de aula, provavelmente, virá a mente uma estrutura retangular, com carteiras alinhadas, uma atrás da outra, um espaço em frente com um quadro e/ou uma tela e uma mesa do lado com um computador para aulas com projetor. Essa disposição enfileirada dos estudantes, com o professor na frente, em destaque, tem origem na 1a Revolução Industrial do século 18, baseada na produção repetitiva e mecânica para viabilizar a produção em larga escala. Nesse caso, a intenção é reproduzir conhecimento de forma padronizada,  controlar e fiscalizar os estudantes na aplicação das provas. Mas se imaginarmos uma indústria da atualidade, virá a nossa mente a mesma estrutura do século 18? Provavelmente não, pois sabemos das revoluções tecnológicas que modificaram o setor. Possivelmente, iremos imaginar uma linha de produção formada por robôs de alta tecnologia comandados por poucas pessoas em uma sala de controle. A 4° Revolução Industrial, que vivemos hoje, foi abordada por Klaus Schwab, autor do livro que trata do tema, onde caracteriza o rompimento dos limites entre  as esferas física, digital e biológica por tecnologias como a Robótica, Impressão em três dimensões (3D), Biotecnologia, Neurotecnologia, Blockchain, Internet das coisas (IoT), Inteligência Artificial (IA), dentre outras. A IA, em particular, tem sido destaque nos noticiários devido aos impactos que pode causar no mundo do trabalho devido à possibilidade da substituição da mão de obra. Na educação, o uso dessa tecnologia pode inibir os estudantes de realizar pesquisas amplas, limitando a criatividade e prejudicando o pensamento crítico e o desenvolvimento intelectual. Afinal, como o uso dessa tecnologia pode afetar o processo de ensino e aprendizagem? Decidi fazer esta perguntas ao Writesonic, uma IA projetada para entender conversas humanas. Leia a resposta na íntegra:  “A IA pode ser uma ferramenta valiosa para melhorar o processo de ensino e aprendizagem na educação. Ela pode ser utilizada para otimizar as atividades administrativas dos professores, permitindo-lhes dedicar mais tempo e energia ao ensino [1]. Além disso, a IA pode ajudar os professores a criar ambientes de aprendizagem colaborativa e personalizada que atendam às necessidades específicas de cada aluno [2]. A IA também está sendo utilizada para desenvolver novas ferramentas e tecnologias que podem melhorar a qualidade da educação e tornar o ensino mais eficiente e eficaz [3]. Em resumo, a IA pode trazer muitos benefícios ao processo de ensino e aprendizagem, tanto para os alunos quanto para os professores e gestores.” Percebam que a resposta da IA, convincente, diga-se de passagem, destaca seus benefícios de uso no sentido de otimizar e melhorar o processo de acompanhamento dos estudantes pelo professor, não inserindo os alunos como usuários diretos dessa tecnologia. Cabe destacar que o uso de tecnologias é previsto na Lei das Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996, documento basilar da educação que orienta a  Base Nacional Comum Curricular e as Diretrizes Curriculares Nacional. Mesmo assim, devemos reconhecer que o modelo ainda adotado de escola não atende e não tem conseguido acompanhar as evoluções científico-tecnológicas. Diante deste contexto, a sala de aula é o ambiente propício para o entendimento e o uso das tecnologias. A Inteligência Artificial pode ajudar na gestão e nos processos da instituição e, de forma pedagógica,  pode ser uma  aliada para o desenvolvimento de diversas competências exigidas para a cidadania digital. Via | Fernando Wosgrau é administrador, mestre em Agronegócios. Conselheiro titular no Conselho Estadual de Educação de Mato Grosso- CEE/MT.  Atualmente, ocupa o cargo de Coordenador de Marketing da União das Faculdades Católicas de Mato Grosso – UNIFACC-MT. E-mail: f.wosgrau@gmail.com   Foto | Assessoria
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