“É nossa prioridade que o programa Luz para Todos chegue às aldeias indígenas, garantindo que crianças e jovens tenham acesso à escola, completem os estudos, e que postos de saúde e hospitais ofereçam atendimento de qualidade e dignidade a essas comunidades”. A afirmação é do Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, durante reunião com lideranças indígenas da Bahia, nesta sexta-feira (10/02), em Brasília. O respeito aos povos originários é uma das diretrizes dadas pelo presidente Lula e que, segundo o ministro, será cumprida pela pasta.
Na ocasião, foram apresentadas as demandas de novos fornecimentos de energia nos municípios e regiões baianas onde as aldeias estão localizadas, além de repassadas as solicitações já em andamento no MME. Às lideranças indígenas, Silveira garantiu que vai dar atenção a cada demanda e que “o MME providenciará, junto às concessionárias e distribuidoras de energia, para que as aldeias tenham acesso a esse importante insumo”.
Segundo Zé Fragoso Pataxó, cacique da aldeia Tiba, no município baiano de Prado, foi a primeira vez, depois de muitos anos, que os povos indígenas foram recebidos pelo chefe do MME. “Toda vez que a gente chegava aqui, encontrávamos a porta fechada. Nunca tivemos retorno das demandas. Para nós, é uma alegria estarmos aqui e poder voltar com uma grande resposta para nosso povo, que é energia para nossas aulas, nossas águas e para a saúde das nossas crianças”, destacou o cacique.
Para o secretário-executivo da Federação Indígena das Nações Pataxó e Tupinambá do Extremo Sul da Bahia (Finpat), Kâhu Pataxó, a reunião foi produtiva e positiva para os povos indígenas. “Cada um pôde ser ouvido e colocar aquilo que é prioridade na sua comunidade, para conseguirmos avançar em serviços importantes [que demandam energia elétrica] como a instalação de poço artesiano, escolas e postos de saúde”, afirmou.
Segundo o Secretário de Energia Elétrica, Gentil Nogueira, a pasta irá empreender esforços para garantir que toda a população tenha acesso à energia elétrica de qualidade. “Nesse sentido, a proposta é dar seguimento às ações necessárias para chegar energia onde ainda não tem e melhorar o atendimento onde já existe o fornecimento, em um menor prazo possível. Como o ministro mesmo disse: é inadmissível, em pleno 2023, que pessoas não tenham acesso a esse importante insumo”, completou.
Ao todo, participaram 20 lideranças indígenas da Bahia, para debater o planejamento e execução do projeto de eletrificação de comunidades indígenas nos municípios de Santa Cruz Cabrália, Porto Seguro, Prado, Eunápolis, Alcobaça, Pau Brasil, Itajú do Colônia, Camacã, Ilhéus, Uma, Santa Rita de Cássia, Ribeirão do Largo e Curaçá.
Via | Assessoria MME Foto | Tauan Alencar MME
