Quatro magistrados do estado participam das audiências de custódia durante esta semana. Ao menos 11 mato-grossenses foram presos durante o ato antidemocrático no último fim de semana.

Quatro juízes federais de Mato Grosso foram convocados para o mutirão de audiências de custódia dos presos suspeitos de participar do ato terrorista às sedes dos Três Poderes, em Brasília, no último domingo (8). A força-tarefa para realizar os julgamentos começou na quarta-feira (11), atendendo uma determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

Conforme a portaria, os magistrados devem avaliar, em audiência por videoconferência, a regularidade formal do ato de prisão e fazer as perguntas legais e normativas. No entanto, quem decidirá se será ou não solto será o ministro da Suprema Corte, relator do caso.

Para o mutirão, foram convocados os seguintes juízes de Mato Grosso:

  • Jeferson Schneider – 5ª Vara da Seção Judiciária de Mato Grosso
  • Paulo Cézar Alves Sodré – 7ª Vara da Seção Judiciária de Mato Grosso
  • Ana Lya Ferraz da Gama Ferreira – 2ª Vara da Subseção Judiciária de Cáceres
  • Francisco Antônio de Moura Júnior – 1ª Vara da Subseção Judiciária de Cáceres

A Justiça Federal informou que 1.418 pessoas foram presas em flagrante, entre os dias 8 e 9, qualificadas e ouvidas pela Polícia Federal (PF) e pela Polícia Civil do Distrito Federal. Dessas, 222 foram detidas na Praça dos Três Poderes e 1.196 no acampamento em frente ao Quartel General do Exército em Brasília.

Foi identificado que pelo menos 11 mato-grossenses foram presos durante o ato antidemocrático no último fim de semana. A lista com os nomes foi divulgada pelo governo do Distrito Federal, na terça-feira (10).

Todos os detidos, segundo a Justiça, já passaram pelo Instituto Médico Legal (IML) e foram encaminhados ao sistema prisional do DF. Os homens, ao Complexo Penitenciário da Papuda e, as mulheres, à Penitenciária Feminina do Distrito Federal.

Mulheres com crianças pequenas e idosos que possuem comorbidades foram liberados pela polícia, sem serem ouvidas, por “questões humanitárias”. Cerca de 600 pessoas foram soltas após assinarem termos de compromisso.

Até essa sexta-feira (13), mais de 500 bolsonaristas radicais foram ouvidos. As audiências, conforme o cronograma, devem encerrar nesse domingo (15).

Via | G1  Foto | Arquivo
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